Galeria OR vai reabrir ao público já no dia 5 de abril

Com data prevista a 5 de Abril, as galerias vão poder voltar a abrir portas e a promover a cultura. A Galeria OR, sediada em Espinho há quatro anos, já pensa nas manifestações culturais futuras.

Crescida e educada em Espinho, Olívia Reis voltou com a reforma com o mote de “regresso ao passado”. Durante a pandemia, a Galeria sempre prezou o cumprimento de todas as regras impostas e aconselhadas pelo SNS. Por isso, conseguiu ainda realizar no dia 21 de Setembro, a exposição anual de aniversário.
Segundo a galerista, esta manifestação cultural teve um feedback muito positivo e em termos de vendas foi possível vender alguma coisa. “Não estamos habituados a vender em grandes quantidades”, esclarece.
Com um espaço físico privilegiado, sendo possível ver a exposição a partir do interior e a partir do exterior, Olívia coloca a possibilidade de “realizar outras manifestações culturais”, ainda que não tenha “nada programado” por enquanto.
O principal papel da curadora de arte é, para além da comercialização, investir nos bens culturais e despertar nas pessoas o gosto pelo lado estético da vida. “Não tenho 20 anos, mas já aos 20 pensava desta forma”, afirma a responsável. A Galeria – designada com as suas iniciais, “OR” – vive do que vende, uma vez que os próprios pintores e artistas plásticos assim o exigem, mas é sobretudo da convivência com a arte e das sinergias que dela resultam que Olívia pretende construir o seu espaço, contribuindo para uma sociedade melhor e mais integrada. “Mais do que nunca, agora o homem tem necessidades de apaziguar o espírito. Nós estamos nesta época de pandemia e eu penso que as pessoas pararam para pensar”, reflete.

Comemorar o aniversário
O aniversário da Galeria OR vai-se realizar este ano, com todas as precauções, planeamento necessário e com toda a criatividade que já habituaram o público. “Se tivermos que alterar planos, alteramos. Sendo que isto também faz parte de quem trabalha com a arte, tem que ser artista”, sugere Olívia Reis. Com imensas ideias para o futuro, a galerista pretende aumentar o número de exposições, e desta forma fazer um refresh do acervo. Afirmando sempre que, com um maior número de inaugurações e, por sua vez, sendo notícia, há uma maior adesão por parte do público. A presença nas plataformas digitais também não é descurada, até porque as pessoas do meio encontram com facilidade os artistas e obras disponíveis. Daí que a OR tenha a sua página oficial em constante atualização.
Considerando Espinho como uma cidade com história na cultura, a pintora acha necessário haver mais integração por parte do município, estando disponível para colaborar com outras galerias e meios culturais e fazer parte de uma agenda comum.
Sobre o futuro, Olívia não tem uma resposta, mas apela ao positivismo, para que as coisas progridam. “Fazer o que gostamos de fazer e conseguir que a sociedade também se integre. Fazer com que não nos isolemos, apesar do distanciamento, cumprindo sempre as regras”, refere, lembrando que “o homem é um ser social” e “não consegue viver isolado”. “As pessoas têm necessidades espirituais, de convivência, de integração e da arte”, acrescenta a galerista.