Ângela Silva, feirante há 32 anos, saudou a reabertura do sector do vestuário na feira - Fotos de Sara Ferreira

A segunda-feira de Páscoa já adivinhava uma procura superior à habitual. Somando o desconfinamento e a reabertura do sector-não alimentar – cuja venda estava suspensa desde 15 de janeiro – o cenário, esta manhã, era de grande azáfama na maior e mais antiga feira semanal do país.
Não foi, por isso, de estranhar a satisfação dos feirantes com a retoma da sua atividade. Ângela Silva, vendedora há 32 anos no mercado espinhense, mostrou-se “muito feliz” depois de tempos “bastante difíceis” que viveu nos últimos três meses, considerando-os mesmos “revoltantes” pela discrepância de tratamento a que a sua atividade esteve sujeita. “Estar em casa este tempo todo foi muito complicado, porque víamos que não era igual em todo o lado”, comentou.
Também Margarida Rios, feirante há 10 anos, não escondeu sentir-se “muito contente” com a reabertura e lembrou aos clientes que “a feira é ao ar livre”, logo “mais seguro” que os centros comerciais. Não obstante, a comerciante receia que ainda tenha de vir “a dar um passo atrás”, tal como aconteceu no último ano.
Por enquanto, e a partir de hoje, a feira está a funcionar com a regularidade possível, havendo as obrigações gerais de uso de máscara, distância social de 2 metros e uso de desinfetante. “A mensagem a passar é naturalmente a de que a feira de Espinho está preparada para receber todos os feirantes que, habitualmente, contribuem para este colorido que acontece todas as segundas-feiras na cidade”, referiu o vereador responsável da Câmara Municipal, Quirino de Jesus.


Na edição desta semana do jornal Defesa de Espinho, veja a reportagem completa sobre a reabertura da feira semanal.