Inaugurado há mais de uma década, num projeto que tinha como objetivo reabilitar a fábrica de conservas Brandão Gomes, o Museu Municipal de Espinho – Fórum de Arte e Cultura de Espinho começa a dar sinais de desgaste. Com a cor esbatida e com vários pontos deteriorados, o edifício merece, segundo os cidadãos, uma “melhor estima”.
Quem passa na Avenida João de Deus, junto à Rua 41, não fica indiferente ao edifício vermelho que ali se encontra. Trata-se do Museu Municipal de Espinho e foi inaugurado em 2009, fruto de um projeto de reabilitação da antiga e famosa fábrica de conservas, a Brandão Gomes. Desde a sua abertura, o FACE – Fórum de Arte e Cultura de Espinho tem dado destaque à cultura espinhense, assim como a muitos serviços que nele se incluem. No entanto, o passar dos anos tem-se tornado evidente e o edifício tem perdido um pouco do seu brilho e cor iniciais.
Da autoria do arquiteto Nuno Lacerda, este projeto foi dado a conhecer aos cidadãos de Espinho aquando das comemorações da elevação de Espinho a cidade, a 16 de junho. Mais de 10 anos se passaram, mas há ainda quem se recorde da época, tal como Alfredo Silva. “Não sou natural de Espinho, mas como tenho família na cidade, mais concretamente a minha irmã que vive aqui perto do museu, venho muitas vezes a Espinho e gosto de andar na praça, até ao mar. Lembro-me muito bem da altura em que se estava a construir o museu. Achei que era uma boa ideia e continuo a pensar o mesmo, mas achava que seria um edifício que ia merecer mais estima para a cidade. Sei reconhecer o seu valor, acontecem no museu exposições muito bonitas e a que diz respeito à Arte Xávega é importante, mas as coisas têm que ser mais estimadas”, diz Alfredo Silva.
Localizado próximo do mar, o FACE, pintado de um vermelho garrido, tem hoje várias marcas de desgaste. A pintura já não é a mesma, pois notam-se várias falhas, assim como há outros aspetos que evidenciam uma certa degradação, como algumas janelas ou até mesmo pormenores junto das portas que se encontram junto aos serviços.
Veja o artigo, na íntegra, na edição de 01 abril de 2021 do jornal Defesa de Espinho.
