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O Auditório de Espinho (Academia) retoma a programação em maio, incluindo um filme-concerto e anunciando, inclusive, espetáculos para junho.

A música orquestral do romantismo vienense marca o regresso da Orquestra Clássica de Espinho, aos palcos, às 21h30 de 7 de maio, com André Baleiro (barítono) e sob a direção do maestro Pedro Neves.
O compositor e pianista Abe Rábade atua a 14 de maio, com a Orquestra de Jazz de Espinho, Daniel Dias e Paulo Perfeito (direção musical), em “15 Contra 1”.
Abe Rábade, afirmou-se ao longo das duas últimas décadas como uma das figuras de referência do jazz ibérico e um pedagogo de excelência. Nos numerosos álbuns onde é líder, funde virtuosismo instrumental com um eloquente discurso composicional, alicerçando a sua sonoridade na tradição do jazz e nas cores da sua Galiza-natal.

O programa prossegue com jazz na noite seguinte e “A Love Supreme” com Ricardo Toscano Quarteto. Ricardo Toscano (saxofone alto), João Pedro Coelho (piano), Romeu Tristão (contrabaixo) e João Pereira (bateria).
É conhecida a paixão de Ricardo Toscano pela música de John Coltrane, traduzida pela inserção de temas do mestre em concertos do quarteto liderado pelo jovem – mas já consagrado– saxofonista português.
O filme-concerto “A Casa na Praça Trubnaia” com Mão Morta Redux, agendado para 21 de maio, exibe uma comédia de 1928 do cineasta russo Boris Barnet, construída como uma sátira à hipocrisia da pequena-burguesia que, na sequência da nova política económica de Lenine, sobrevivera à Revolução de 1917 e que sorrateiramente continuava a explorar os necessitados, iludindo os sindicatos.
Os Mão Morta, na versão Redux – um retorno ao formato trio dos primórdios, agora com Adolfo Luxúria Canibal, Miguel Pedro e António Rafael –, compuseram uma banda-sonora original para esta obra–prima do cinema mudo soviético e tocam-na ao vivo, acompanhando a exibição.

A Orquestra Clássica de Espinho tem outro concerto marcado para 28 de maio, com Miguel Oliveira (marimba), Beatriz Correia (oboé) e Cesário Costa (direção musical) e intitulado “Jovens Solistas da Escola Profissional de Música de Espinho”.
Para 4 e 5 de junho está reservado o espetáculo de Lena d’Água & Projeto Benjamim – Tahina Rahary (guitarra e arranjos), Jonas Pinho e Daniela Castro (direção musical). A história de Lena d’Água é uma das mais brilhantes páginas da música portuguesa.
Entretanto, o jazz volta ao palco do Auditório de Espinho, às 18 horas de 6 de junho, com Mário Costa “Oxy Patina IV”. Mário Costa (bateria, eletrónica e composição), Cuong Vu (trompete), Benoît Delbecq (piano, sintetizador e eletrónica) e Bruno Chevillon (contrabaixo)fazem assim parte do novo cartaz do palco da Academia de Música de Espinho.