Um ano depois dos primeiros rumores, Miguel Maia pode estar de volta ao voleibol da Académica de Espinho. Um acontecimento que, a confirmar-se, representa o regresso do histórico distribuidor ao clube de formação…30 anos depois de sair para o Sporting CP, precisamente a equipa da qual agora se desvincula.

Se há coisa que Miguel Maia habituou os adeptos de voleibol é a desafiar as probabilidades. O antigo atleta olímpico mantém-se em atividade aos 50 anos – idade que completa hoje, dia 23 de abril – foi adversário, há poucas semanas, do seu filho Guilherme num jogo para a Taça de Portugal e, apesar da longa veterania, está prestes a prolongar a carreira (por mais um ano?) de jogador. Resta saber se será mesmo no clube onde nasceu para a modalidade: a Associação Académica de Espinho (AA Espinho).

A notícia foi avançada pelo Record, na passada segunda-feira. O distribuidor teria informado os dirigentes do Sporting CP de que não iria continuar no clube, interrompendo a ligação que existia desde 2017, ano em que regressou a Alvalade para ressuscitar a modalidade no emblema do leão. Num texto publicado no seu perfil de Instagram, Maia confirmou o desenlace e os motivos: “tinha feito um acordo com a direção [do SCP] para que, após terminar a carreira de atleta, ficasse a liderar o projeto do voleibol. No entanto, e porque me sinto ainda com capacidades de continuar a dar o meu contributo como atleta, decidi que ainda não é o momento de colocar ponto final à minha carreira. Irei continuar a jogar, mas já não será no meu Sporting”. O espinhense mostrou-se “profundamente grato” ao Sporting CP, pediu “desculpa” se defraudou alguém e confirmou a tristeza em deixar o clube que representou, pela primeira vez, com 20 anos de idade. “Os últimos dias têm sido de noites em claro, pelo vazio muito grande”.

“Estou a acertar detalhes, relacionados com o projeto desportivo do clube para onde vou jogar”

O que falta agora esclarecer é mesmo o futuro como atleta, tendo o Record avançado que o regresso à AA Espinho seria a possibilidade mais forte. Em declarações à Defesa de Espinho, Miguel Maia assegura que o processo “ainda não está fechado”, mas que “vai ficar em breve”. “Tenho duas hipóteses em cima da mesa e confirmo que uma delas é a Académica. Estou a acertar detalhes, que estão sobretudo relacionados com o projeto desportivo do clube para onde vou jogar”, acrescentou o distribuidor.

Passaram 30 anos desde a saída de Miguel Maia da Académica de Espinho. O distribuidor seguiu para o Sporting CP em 1991, depois de ter feito parte da maior conquista do clube onde se formou: o campeonato nacional da 1ª divisão de 1990. Seguiram-se mais 14 títulos nacionais, nove Taças de Portugal, seis Supertaças e uma Top Teams Cup.