O vereador do Partido Socialista (PS), Miguel Reis, através de um comunicado emitido por aquele partido, “estranha a decisão” do presidente da Câmara Municipal de Espinho de proibir a realização de eventos ao ar livre até 30 de setembro, impedindo a realização de concertos, espetáculos, celebrações de natureza cultural, recreativa, social, religiosa ou desfiles e festas populares.
Através de um comunicado enviado pelo PS de Espinho, aquele vereador socialista estranha “esta decisão taxativa da autarquia, assumida por despacho e sem debate em reunião de câmara, enquanto o país avança de forma responsável e a bom ritmo no processo de desconfinamento e quando as próprias autoridades de saúde vão realizando testes-piloto para apurar a viabilidade de grandes eventos, como festivais ou festas da cidade”.
Para o candidato do PS à Câmara de Espinho, “a decisão peca sobretudo pela ausência de um pacote de medidas que visem mitigar os efeitos desta proibição. O comércio local e as atividades económicas, já asfixiados pela ausência de planeamento nas obras em curso, vêem-se agora privados de usufruir de uma parte importante do efeito sazonal”, sustenta Miguel Reis, acrescentando que “as associações e coletividades ficam privadas de organizar e participar nos eventos que são fundamentais para assegurar a sua própria sustentabilidade financeira” e que “os agentes e atores culturais, tantas vezes preteridos por espetáculos de pacotilha, ficam impossibilitados de ensaiar a retoma da sua atividade, condenando todo um setor a fugir do nosso concelho”.
No comunicado, o PS de Espinho dá nota de que os seus vereadores irão solicitar, “com caráter de urgência, o agendamento de uma reunião extraordinária da Câmara Municipal para apurar a fundamentação técnica desta decisão”. Os socialistas irão, igualmente, “propor um pacote de medidas de apoio ao comércio local, movimento associativo e agentes culturais” e “exigir um planeamento responsável e sustentável da época balnear que terá início muito em breve”.