Rota do Românico II: Pontes e torres por descobrir e paladares para degustar

Ponte de Espindo é constituída por apenas um arco de volta perfeita (DR)

Numa viagem entre Penafiel, Lousada e Felgueiras há muito por desvendar. Neste segundo percurso pela rota do românico, aceite as nossas sugestões e fique a saber um pouco mais sobre a história e as curiosidades desta região.

1º Dia:

Com inúmeros pontos de interesse para descobrir, a Rota do Românico constitui-se como uma boa sugestão para aproveitar mais um fim de semana de passeio, aprendizagem e memória. No guia apresentado na edição passada, demos por concluída a primeira viagem em Penafiel. No entanto, ainda muito ficou por ver. Se é daquelas pessoas que aprecia a beleza e arquitetura típicas das igrejas portuguesas, esta é uma boa região para visitar. Incluída na rota, a Igreja de S. Pedro de Abragão apresenta, apenas na sua capela, um estilo românico, já que o exterior se caracteriza mais como uma vertente idêntica à que visitou, no guia passado, no Mosteiro do Paço do Sousa. Se pretende dar continuidade a esta visita mais ligada ao mundo religioso, não saia de Penafiel sem vislumbrar a Igreja de Cabeça Santa, uma vez que apresenta origens da primeira metade do século XIII e revela-se num marco para o conhecimento da arquitetura românica portuguesa.

2º Dia:

No segundo dia de passeio, parta viagem em direção a Lousada. O percurso é curto, pois vai precisar apenas de cerca de 20 minutos para chegar à região. Tal como na zona anterior, por Lousada há muito para ver ou rever, caso já conheça a vila. Uma das maiores atrações são as pontes por lá existentes. Percorra a estrada N320 e comece pela Ponte de Espindo que é constituída por apenas um arco de volta perfeita, estando apoiado em pilares sólidos que se iniciam diretamente das margens. Segundo os historiadores, é tarefa complicada conseguir saber exatamente a sua data de origem. No entanto, sabe-se que se parece a uma ponte medieval, já que a sua construção e técnica assim o evidenciam. Numa das zonas finais desta Ponte de Espindo, é possível encontrar umas tradicionais “alminhas”, uma espécie de santuário pequeno onde se encontram elementos religiosos alusivos à proteção dos viajantes. Depois desta visita, siga para a Igreja de Santa Maria de Meinedo, que se localiza bem próxima. É oriunda dos séculos XIII-XIV e caracteriza-se por ter elementos arquitetónicos de simplicidade, mas de valor histórico. O passeio já vai longo, mas ainda há tempo, antes do almoço, de descobrir a Ponte da Veiga. Localiza-se no Torno e constitui-se como um exemplo de tempos góticos, já que a sua data de edificação é apontada para a primeira metade do século VX. Se ainda lhe apetecer e houver vontade para tal, há mais uma ponte para ver na região: a Ponte de Vilela.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 13 de maio de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro, a partir de 30€.