Aos 22 anos, Pedro Santos ganhou asas e voou para longe de Espinho. Natural do Porto, foi por cá que cresceu e é esta cidade que considera ser a sua casa. Na Academia de Música de Espinho aprendeu as primeiras lições de saxofone e foi também na Costa Verde que descobriu o encanto pelo circo. Anos depois juntou as duas paixões e faz disso uma carreira que já o levou até Espanha. Durante a pandemia, Pedro Santos arriscou concorrer ao Got Talent Portugal e chegou às meias-finais. Confessa que a participação já está a dar frutos.

Com que idade percebeu que tinha aptidão para a música?

Foi aos nove anos. Fui estudar para a escola Domingos Capela e, na altura, havia o ensino articulado, em que podíamos conciliar a escola com algumas aulas de música, na Academia de Música de Espinho. Os meus pais acharam a ideia interessante e convenceram-me a escolher um instrumento musical. Acabei por concordar, mas disse que tinha que ser o saxofone, por ser o instrumento dos palhaços.

Já havia um fascínio pelo saxofone?

Na época, o fascínio era ainda pouco. Era mesmo pela associação à figura do palhaço.

De onde vem esse encanto pelos palhaços?

Eu tinha dois anos quando os meus pais decidiram levar-me ao circo. Desde essa altura que comecei a dizer que queria ser palhaço e as pessoas, sem quererem, alimentaram isso. Mais tarde, quando tive que decidir um caminho, acabei por continuar na música, uma vez que o circo, já uma paixão minha, era uma possibilidade muito distante. Há alguns anos, estudar circo em Portugal era quase impossível, pois havia apenas o Chapitô, em Lisboa. Contudo, como tinha essa paixão pela música, decidi continuar no ramo. E foi quando estava a fazer a licenciatura em Música que surgiu o circo.

Foto: Pedro Santos

Entrevista completa na edição de 24 de junho de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por Dentro por apenas 30€.