No espaço de um mês, o espinhense João Nuno Pedrosa conquistou duas medalhas (uma de prata, outra de bronze) em etapas do Circuito Mundial de voleibol de praia, juntamente com o colega de equipa, Hugo Campos. O voleibolista de 21 anos faz parte de um projeto da Federação Portuguesa de Voleibol e largou a modalidade no pavilhão para se dedicar, a tempo inteiro, à vertente da praia. Em entrevista à Defesa de Espinho, Pedrosa conta a sua história na modalidade e não esconde que, um dia, gostaria de chegar aos Jogos Olímpicos.

Como surgiu o voleibol na sua vida?
Surgiu por influência do meu pai (José Pedrosa). Iniciei-me no desporto no futebol, no Boavista, mas durante o verão aparecia sempre o voleibol de praia. Ia jogar para a Praia Pop, com os meus amigos, ou para a praia da Rua 37, jogar com o meu pai. Jogávamos durante a manhã e à tarde. Por vezes, nem interrompíamos para almoçar. O ‘bichinho’ foi atacando nesses momentos. Passados alguns anos foi inevitável ir para o voleibol.
Comecei a jogar na Académica de Espinho, com o professor José Moreira e o Jorge Martins, quando tinha 14 anos. Há quem diga que fui para o voleibol um bocadinho tarde, mas não me arrependo de ter estado no futebol. Foram anos muito bons da minha vida.

Não o conseguiram convencer a ficar no futebol?
Era guarda-redes e tínhamos uma equipa muito forte. Esse era o problema, porque passava a maior parte do tempo durante os jogos sem fazer nada! Comecei a perder o gosto por jogar e tive, por outro lado, o voleibol a chamar-me. Os meus amigos insistiram imenso para ir para o vólei porque sabiam que tinha jeito. Acabei por ceder. Experimentei e, até agora, nunca mais deixei o voleibol.

O seu pai e o seu tio foram grandes jogadores de voleibol do SC Espinho…
Não recordo de ver o meu tio (António Pedrosa) a jogar, mas ainda me lembro de alguma coisa do meu pai. Recordo-me, especialmente, de ir para o pavilhão Joaquim Moreira da Costa Júnior e estar por lá de manhã até à noite quando havia jogo. Aproveitava para estar por lá a brincar. A mística daquele pavilhão e dos adeptos contagiava qualquer um. Foi desde essa altura que comecei a gostar do Espinho, que ainda é o clube do meu coração. Aliás, em Espinho respira-se voleibol, seja no Sporting de Espinho, seja na Académica de Espinho.

Tem boas recordações do seu início na Académica de Espinho?

Entrevista completa na edição de 24 de junho de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€.