João Carlos de Moura Bigail veio para Espinho com nove anos e tem o festejo do 79º aniversário agendado para 30 de julho. O pintor nascido no Porto fez instrução militar em Espinho e foi mobilizado para Angola. Assume-se como aguarelista, mas também se destaca como retratista. Em 2008 fez um retrato da Infanta Leonor, atual princesa das Astúrias, que ganhou o interesse da família real espanhola…

O que é que o motivou a retratar a infanta espanhola Leonor?
Pintei o retrato quando a infanta tinha três anitos, baseando-me numa fotografia da família real publicada na revista “Hola!”. A imagem que eu pintei esteve duas semanas em exposição na Casa Fonseca, na Rua 19. A loja ganhava muitos prémios de vitrinismo e, quando eu punha lá uma aguarela em exposição, a montra era decorada por tecidos com as cores das aguarelas. Entretanto, algum turista espanhol viu a pintura da infanta Leonor e deu nota disso ao cônsul de Espanha no Porto, que me contactou pedindo para lhe ir mostrar a obra ao consulado. E quando o cônsul viu o retrato disse logo: “Muito precioso! Importa-se de ‘regalar’ os príncipes?”… E então encarregou-se de enviar o meu trabalho para os príncipes Filipe e Letizia, que hoje são os reis de Espanha.

E ficaram agradados?
Ficaram, mas só passados nove meses é que me responderam pelo correio diplomático e, claro, ainda hoje tenho essa carta. Mas se demoraram a responder terá sido porque andavam a investigar quem eu era…

E desde então já sabem…

Entrevista completa na edição de 24 de junho de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30 €.