“O andebol surgiu na minha vida um bocado por acaso”, revela Manuel Lima, de 24 anos, que atua na 1ª Divisão portuguesa de andebol. O espinhense sagrou-se campeão nacional de infantis pelo SC Espinho, no seu ano de estreia na modalidade. A partir daí, nunca mais deixou de jogar. Foi campeão de juniores pelo Sporting e há vários anos que joga na principal divisão de andebol nacional.
Enquanto trabalha e joga, porque é “difícil ser profissional de andebol em Portugal”, o pivô de 130 quilos, e 1,90 metros de altura, ajudou o Póvoa AC a conseguir o 7º lugar no Campeonato Andebol 1. Voltar a vestir a camisola da seleção portuguesa é um sonho, participar numa prova europeia é um objetivo e jogar no estrangeiro não está fora de hipóteses…

A sua prática desportiva começou com o andebol?
Como a maioria dos miúdos, eu comecei por jogar futebol, nos ‘Baixinhos’, em Cassufas. Um dia, numa conversa familiar, foi-me proposto ir experimentar um treino de andebol no Sporting de Espinho, até porque já era ‘gordinho’, tinha uma boa estatura e era uma modalidade que tinha sido praticada por grande parte da minha família. Depois do primeiro treino nunca mais parei. Tudo isto aconteceu em 2007, quando tinha dez anos.

Já antevia que não seria um Cristiano Ronaldo no futebol?
Podemos dizer que não me safava mal no futebol para a idade. Tinha uns pezinhos jeitosos. Nunca se sabe o que poderia ter acontecido se tivesse continuado por esse desporto, mas com certeza não seria nenhum Ronaldo, nem lá perto, até porque como ele não há ninguém. É preciso muita força de vontade, muito talento e muito sacrifício para chegar perto do que é e do que foi o Cristiano Ronaldo.

E se não for o Cristiano Ronaldo do andebol, o que é que é ou, eventualmente, ainda será?

Entrevista completa na edição de 15 de julho de 2021. Assinatura anual do jornal por apenas 30€.