Com 54 anos, Belmiro Manuel Ferreira Rocha é um dos enfermeiros mais acarinhados de Espinho. Está há 33 anos na profissão e tem trilhado um percurso distinto como enfermeiro de reabilitação e em cargos de chefia, sendo membro do conselho de administração do Centro Hospitalar Gaia/Espinho.
Natural de Silvalde, reconhece a importância da infância na freguesia e revela-se um “apaixonado por Espinho”. Orgulhoso da sua classe, afirma que a pandemia serviu para que se reconhecesse a importância da profissão e garante que o sucesso da vacinação no país se deve à capacidade de trabalho dos enfermeiros.

É natural de Silvalde. Que memórias guarda dos tempos de infância?
Eu vivia na zona do quartel, que é uma zona, mais ou menos, a meio de dois mundos de Silvalde. Silvalde tem uma parte de cima, que é mais ligada à agricultura, e tem uma parte em baixo, que é a zona do bairro piscatório. É curioso, porque a minha mãe fez questão de me colocar na escola do bairro piscatório e, na catequese, lá em cima, junto à igreja. Ela dizia-me que era importante que eu conhecesse os dois mundos e que soubesse lidar com eles. Eu era praticamente o único aluno que não era vareiro na escola primária. Contudo, tenho recordações muito boas desse tempo e era acarinhado porque, efetivamente, não era uma pessoa dali. Pelo meio, tinha a praia e o golfe. Recordo-me de andar a correr pelo golfe quando era pequeno e tenho ótimas recordações de todos esses momentos. Sempre fui uma pessoa de muitas amizades e tinha amigos em todo o lado.

Ainda hoje é assim?
Sim, mas reconheço que hoje tenho menos amigos e mais conhecidos. Mas, curiosamente, os menos amigos que tenho são mesmo muito amigos.
Participou, ao longo do seu crescimento, em várias atividades como grupos de jovens ou o rancho folclórico de Silvalde.

Acredita que essas atividades o moldaram para ser a pessoa que é hoje?

Entrevista completa na edição de 12 de agosto de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por Dentro por apenas 30€