“A felicidade que os nossos clientes transmitem é difícil de não valorizar e gostar, e motiva-nos muito”, frisa Rosa Couto, a diretora-geral da Cerciespinho. “O grupo de bombos e o rancho são exemplo do nosso orgulho e quando um nosso jovem utente deu tudo de si e finalizou uma atuação em cadeira de rodas num espetáculo foi uma grande demonstração de superação!”

A Cerciespinho mudou-lhe o projeto de vida ou era, de facto, o que planeava quando ainda frequentava o ensino secundário e superior?
Era isto que eu queria quando era mais nova. Sempre fui ligada às pessoas. Gosto de pessoas e de me relacionar com elas. Antes tinha dado aulas, mas já estou aqui a trabalhar desde 1996 e como diretora desde 2002. Naturalmente que aos nove anos não imaginava ser diretora de uma Cerci, no entanto, a formação académica em Psicologia, e os trabalhos que fui desenvolvendo em investigação e ensino, eram claramente compatíveis. Quando surgiu esta oportunidade nem sequer pensei duas vezes, embora a responsabilidade e a implicação de uma função como a que exerço, com milhares de utentes e uma centena de trabalhadores, é muito significativa. Mas traz um desafio associado, em que nós resolvemos um problema, transformando uma necessidade numa solução.

Essa é a componente mais desafiante e motivante?
É. Trabalho com pessoas e tenho impacto na vida delas. Nesse processo tenho que ser criativa e até inventar uma omelete com muitos ovos sem os ter. Mas tenho de ser capaz de o fazer. Eu não faço o trabalho sozinha. Faço com os coordenadores, os trabalhadores e os parceiros da organização. Este processo de criar coisas, solucionar problemas e, sobretudo, de trazer bem-estar às pessoas, são as facetas que mais me marcam neste trabalho. E que me dão prazer em estar cá, há décadas.

Foi no velhinho, mas simbólico edifício localizado quase no centro cívico da vila de Anta, que encetou a atividade na Cerciespinho?

Entrevista completa na edição de 26 de agosto de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€.