A ideia surgiu muito antes, mas só em março de 2020 é que Rita Silva agarrou as chaves do negócio. A pandemia travou-lhe os planos, mas a porta abriu-se em agosto e, até ao momento, a proprietária diz não ter motivos para lamentos. Quer dinamizar um espaço diferente fora da cidade e afirma que a chegada do inverno intimida, mas não assusta.

É junto ao Parque da Cidade de Espinho que nasceu o Terrazza di Roma, um café/bar, pelas mãos de Rita Silva que, aos 26 anos, decidiu arriscar numa área diferente. Habituada a frequentar a zona, longe estava de imaginar que, um dia, o espaço seria seu. “Esta ideia de negócio surgiu porque eu e os meus amigos costumávamos vir para o café que aqui existia anteriormente. Muitas vezes, na brincadeira, dizíamos que, um dia, este espaço ainda seria nosso, mas nunca imaginámos realmente que isso ia acontecer a um de nós”, recorda Rita.

O espaço abriu ao público a 31 de julho, mas a ideia e a vontade começaram bem antes, numa altura em que a pandemia ainda não se tinha instalado em Portugal. “A minha área de formação é a Economia, mas decidi avançar neste negócio, até porque a Covid-19 me afastou do trabalho que eu estava a fazer”, começa por explicar a proprietária do Terraza di Roma. “Este espaço estava encerrado há cerca de dois anos e, quando abriu o leilão camarário, inscrevi-me. Fiquei com ele a 7 de março de 2020, mas a Covid-19 rebenta no nosso país poucos dias depois”, conta Rita Silva, que se viu obrigada a ponderar se realmente valeria a pena avançar. “Refleti muito, quis entregar o espaço, mas depois decidi aguardar e ir com tudo, até porque já tinha investido dinheiro. Se não fosse este vírus, eu já tinha aberto há muito tempo, mas como é que se abre um negócio destes no meio de uma pandemia? Não dá.”

Artigo completo na edição de 2 de setembro de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por Dentro por apenas 30€