Rui Rocha: “O Espinho, o Porto e a seleção nacional são os meus três amores do andebol”

Rui Miguel Reis Rocha tem 50 anos e passou a maior parte deles ligado ao andebol. A Defesa de Espinho conversou com o atleta que levou o nome de Espinho ao mais alto nível da modalidade e que hoje é um conceituado ortopedista, sendo um dos poucos desportistas com obras literárias publicadas.

Como surgiu o desporto na sua vida?
O desporto surgiu na minha vida naturalmente, porque venho de uma família de desportistas. Os meus avós eram desportistas, os meus pais eram desportistas, portanto, incutiram-me o gosto pelo desporto desde pequenino. Lembro-me que andava em casa dos meus pais a jogar basquetebol, a fingir que jogava hóquei em patins, a jogar futebol no jardim dos meus pais e na rua, porque antigamente conseguíamos jogar na rua. Também jogava voleibol com os meus amigos, com um fio esticado no meio a fazer de rede. O desporto vem desde que me conheço.

Depois de passagens pela ginástica e pelo hóquei em patins, porquê a escolha pelo andebol?
De todas as coletividades de Espinho, a Académica sempre foi o clube da família, porque foi o clube mais querido até pelo meu avô Jerónimo. Então eu fui para a Académica fazer ginástica, porque a ginástica é sempre a base de tudo. É a partir da ginástica que ganhamos motricidade e conhecemos o nosso corpo, para depois partir para os outros desportos. Eu não joguei bem hóquei em patins, eu andei lá, andei a aprender a patinar com o Vladimiro Brandão. Dei muitas quedas, mas não tinha muita queda para o hóquei em patins, apesar de ser um desporto de que eu gosto muito. Depois fui para o ciclo e, na altura, houve uma grande captação pela mão do Manuel Barbosa para o andebol do Sporting de Espinho. Os meus amigos foram todos para o andebol, foram captados para aí 50 ou 60 miúdos e eu era um deles, porque queria ir jogar com os meus amigos. É verdade que na altura eu era muito baixinho e não me queriam aceitar, o meu pai até foi pedir ao Manuel. Eu era baixinho, mas tinha jeito para driblar a bola e isso foi uma mais valia, porque, na altura, não havia muita tática e eu acabei por marcar muitos golos, porque sabia driblar bem.

Sentiu que o facto de ter apenas 1,77m foi um entrave?

Entrevista completa na edição de 21 de outubro de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€.