A 45ª edição do Festival Internacional de Cinema de Animação regressa ao formato normal, depois de em 2020 ter sido realizado através do mundo digital, e apresenta uma posição mais ativista. Pedro Serrazina é o novo diretor artístico do Cinanima e pretende reforçar a interação do festival com as pessoas de Espinho. A edição deste ano acontece de 8 a 14 de novembro.

A poucos dias de começar mais uma edição do Cinanima, qual é o ambiente que se vive entre a organização?

Há bastante antecipação, pois temos a consciência de que estamos a fazer um programa que nos parece bastante ambicioso. Inevitavelmente há, também, a apreensão natural do momento. Todos nós sentimos que a equipa do Cinanima é mais pequena do que devia ser. Os recursos e os apoios que temos tido não são os ideais, mas o Cinanima é um festival com 45 anos, não pode nem vai parar. Há uma certa euforia cansada de quem quer começar a mostrar os filmes e partilhar as exposições que temos ao nosso público.

Como é que olha para a programação deste ano?

Com imenso orgulho. Há a intenção de alargar o Cinanima numa direção que o torne cada vez mais relevante, cultural e socialmente. Temos interesse que o Cinanima tenha mais áreas de abordagem. Queremos que reflita o mundo que nós estamos a viver. Por isso, temos vários programas de curadores internacionais, mas isso não é novo. O Cinanima sempre teve programas de várias proveniências, mas aquilo que me parece que será interessante é trazermos o cinema de animação para a discussão aberta. Sempre houve a tradição do festival se relacionar com as universidades, com as escolas e trazer convidados internacionais. Isso mantém-se, mas, este ano, o que me parece interessante é o facto de o festival abrir espaços de debate em que as pessoas possam falar sobre a realização dos filmes.

O Cinanima estava a precisar de se reinventar?

Entrevista completa na edição de 28 de outubro de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por Dentro por apenas 30€.