Pedro Miguel Amorim Rodrigues é, desde setembro, o pároco de Anta e de Guetim. Com 52 anos, o novo padre das duas paróquias falou com a Defesa de Espinho sobre a sua vocação, a realidade que encontrou em Espinho e contou que seguiu o sacerdócio “pela graça de Deus”. Se não o tivesse feito, teria sido juiz…ou então político.

Equacionou a possibilidade de ser indigitado para as paróquias de Anta e Guetim, aquando da perda do seu antecessor, ou antevia outras paróquias no seu percurso de sacerdote?
Vamos lidando com muita coisa na vida. Tenho mudado, mas nunca deixei de mudar a essência de quem sou. Portanto, sou o que sou pela graça de Deus. E essa graça divina não foi em vão. Não estava à espera de nada. Simplesmente foi o Bispo do Porto que me propôs.

Quando é que encetou o sacerdócio?
Isso é muito complicado, mas posso resumir, porque às vezes, quando queremos explicar uma coisa que não é complicada, torna-se complicado.

Agora acresce a curiosidade…
A minha vocação nasceu muito cedo. A semente religiosa já vem do seio familiar. Desde muito novo, talvez entre os 12 e os 13 anos. Mas, alguns anos depois, achei que não era o que queria. Então passei a fazer uma vida normal, trabalhando e estudando. E aos 30 anos de idade voltei. A semente estava lá metida e começou a germinar, isto falando assim por metáforas. Fui para o Seminário do Porto e estudei Teologia na Universidade Católica. Porque é que quero ser padre? Não sei… Porque é que escolhi ser padre? Não sei dizer… Por muito que queira dizer, não sei! Citando as palavras de São Paulo, que eu escolhi para a minha ordenação, “sou o que sou pela graça de de Deus”. Não deixei de ser quem sou, mas temos que mudar muitas coisas, porque também vamos lidando com muita coisa. Tenho mudado, mas nunca deixei de mudar a essência de quem sou. Portanto, sou o que sou pela graça de Deus. E essa graça divina não foi em vão. Esta é a única resposta que tenho para dar. Não tenho mais nenhuma.

Quais são as suas origens?
Sou natural de Santo Tirso, mas também cresci e vivi na Trofa, mais precisamente em São Martinho de Bougado.

São Martinho de Bougado e, curiosamente, São Martinho de Anta. Simples coincidência ou faz parte do percurso da vida?

Entrevista completa na edição de 16 de dezembro de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€.