Reportagem: Mercearias e minimercados em risco de extinção

Emília Silva é a proprietária do minimercado Silva, em Guetim (Foto: DE)

O negócio dos minimercados “está muito longe de ser aquilo que era”, dizem os proprietários. Os poucos que ainda existem nas freguesias de Espinho queixam-se da falta de clientes, “empurrados” a fazer compras nas grandes superfícies. Antes era um bom negócio, mas hoje vivem daquilo que amealharam ao longo dos anos e, para alguns, é um simples entretenimento.

O Mercado Lar, na Rua das Pedreiras, em Silvalde, um pouco abaixo da capela de Nossa Senhora das Dores, foi fundado em 1941, há 80 anos. É um dos mais antigos do concelho de Espinho. “Era uma loja pequena, que era do meu sogro. Após a sua morte, a minha mulher, Maria dos Anjos, tomou conta do estabelecimento e eu trabalhava na Corfi”, recorda José Luís, o proprietário do minimercado.

“Naquela altura vendia-se imenso e até tive de deixar o meu trabalho para ajudar a minha mulher no negócio. Juntava imensas pessoas, sobretudo à noite, porque não havia nada do género nas proximidades. Os que trabalhavam nas fábricas mais próximas, quando saiam do trabalho, vinham a esta loja”, acrescenta José Luís. “Os homens vinham beber uns copos de vinho, jogar umas cartas e as mulheres vinham fazer as compras para a casa. Faziam-se filas à porta do mercado”, conta o comerciante.

Reportagem completa na edição de 23 de dezembro de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€.