(Foto: DR)

Carla Pereira Menino, de 35 anos, foi considerada professora do ano em 2021, pela Casa das Ciências. Natural de Argoncilhe, faz parte, há nove anos, da Escola Secundária Manuel Laranjeira, mas está, desde 2020, em mobilidade na Escola Portuguesa de São Tomé e Príncipe.

Em 2012 pisou o país pela primeira vez ao desafiar-se para uma experiência de voluntariado ao serviço da ONGD Leigos para o Desenvolvimento. Apaixonada por este destino, decidiu regressar em 2020 onde dá aulas de Tecnologias da Informação e Comunicação. Tem desenvolvido vários projetos no país africano, é embaixadora do ‘Africa Code Week’ e coordenadora do Clube de Robótica e Programação da escola onde leciona.

Recebeu o prémio de professora do ano 2021 atribuído pela Casa das Ciências. O que representou esta distinção para si?

Desde logo foi uma honra, mas também uma grande surpresa. Estou muito contente por me terem reconhecido competências no trabalho que desenvolvo, mas foi algo que não estava mesmo nada à espera. Não foi nada a que eu concorresse, simplesmente telefonaram-me e comunicaram-me que tinha havido um júri que se tinha reunido e que, por unanimidade, decidiu atribuir-me o prémio. Fiquei completamente incrédula.

Quem é que está elegível para este prémio?

É atribuído a algum professor que, de alguma forma, está ligado à Casa das Ciências. No meu caso, a ligação existe desde 2014, pois faço parte da comissão técnico-logística, fiz parte dos encontros que eles organizavam e colaborava sempre na medida do possível. 

Na sua opinião a que se deveu a escolha deste prémio?
Acredito que tenham sido as redes sociais as principais responsáveis, pois as atividades que são publicadas devem ter tido um papel preponderante para o júri, na medida em que puderam conhecer o trabalho que tenho desenvolvido em São Tomé e Príncipe, no âmbito na literacia e inclusão digital, nomeadamente no projeto educativo e social ‘Africa Code Week’.

Quem é a Carla Menino?
Tenho 35 anos, sou casada e tenho dois filhos, uma rapariga de seis anos e um rapaz de quatro. Sou professora de informática há 21 anos e sempre gostei de fazer muitas coisas. No entanto, quando chegou a hora de escolher o que eu gostaria de ser profissionalmente achei que o futuro passaria por ser professora. E não me arrependo.

Entrevista disponível, na íntegra, na edição de 13 de janeiro de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€.