(Foto: Isabel Faustino)

“Já não é como antigamente”. Quem o diz é Aníbal Amaral, fabricante e comerciante de artigos feitos a partir de materiais como a verga ou o vime. Aprendeu a arte e decidiu dar continuidade à tradição familiar. Está na Rua 12 há 35 anos, mas o palco principal ainda continua a ser a Feira de Espinho.

Aos 78 anos, Aníbal dos Reis Amaral, proprietário da Casa dos Cestos, na Rua 12, continua à frente de um negócio que já dura há 50 anos. Apesar de admitir que a cestaria já perdeu algum encanto, continua a classificá-la como “uma arte muito bonita”.

A freguesia de Gonçalo, na Guarda, é considerada por muitos como a capital da cestaria. E foi nesta “terra dos cestos” que Aníbal aprendeu. “Já era uma área que vinha de família, eu não escolhi, mas acabou por ser a minha também porque só havia esta arte na aldeia. Os meus padrinhos tinham cá o negócio e quando eles tomaram a decisão de o deixar, decidi ficar com ele e dar continuidade”, recorda o comerciante que também fabrica, ainda que conte com a ajuda de outros produtores.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 27 de janeiro de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€