Foto: Francisco Azevedo

As casas representantes dos três grandes nacionais são laços de clubismo e espaços de socialização que, aparentemente, até se definem como réplicas de centros de dia (de tarde e até à noite). A Casa do Benfica, o Núcleo do Sporting e a Casa do Futebol Clube do Porto estão franqueadas a todos, ganhando novo alento com o alívio das restrições pandémicas. Os convívios estão de volta, mas os associados ainda andam arredados das “suas” casas. E as receitas não abundam ante as despesas que não diminuem.

“As casas dos clubes têm uma tremenda importância na sociedade”, frisa António Coutinho, presidente da Casa do Futebol Clube do Porto. “O evento solidário com a Pediatria do IPO do Porto, que temos realizado e que só foi suspenso pela pandemia, é disso o melhor exemplo”, cita o dirigente, exemplificando a vocação cívica que estes espaços conseguem ter e que vão muito além do mero convívio futebolístico.

De resto, a casa azul e branca já está a promover outra iniciativa do mesmo género para junho, na expectativa de que se possa angariar fundos para as crianças doentes. “No último evento, arrecadou-se uma verba de cerca de 3300 euros. Toda a ajuda é pouca para quem de facto necessita de cuidados hospitalares oncológicos”, acrescenta.

Mas é no lado social e na confraternização entre sócios e simpatizantes, que as casas dos clubes grandes se destacam e evoluem ao longo dos anos. Locais onde “as pessoas se juntam e falam”, e onde conseguem “estar mais perto do clube” e sentir “mais o amor à camisola”, diz António Coutinho.

“Temos pessoas que passam aqui tardes a jogar cartas e em convívio com os amigos”, confere João Roque, que preside à Casa do Benfica. “É um passatempo e uma forma das pessoas não estarem isoladas em casa”.

Reportagem disponível, na íntegra, na edição de 28 de abril de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€