Futebol: “Descida ao distrital foi uma injustiça muito grande”

Foto: Bruno Pinto/Arquivo

Depois de um percurso de duas épocas nos distritais que terminou em 2017 com a subida ao Campeonato de Portugal, o SC Espinho voltou a ser despromovido. É a passagem ao quinto nível do futebol português, depois de introduzida uma Liga 3 na época transata. Afinal de quem é a culpa? Os adeptos apontam o dedo à falta de qualidade dos jogadores, às arbitragens e ao facto de os tigres jogarem em Ovar, sem um estádio na sua cidade. A direção, entretanto, já apresentou a demissão e as eleições estão marcadas para 7 de junho.

“A descida aos distritais acaba por ser uma grande desilusão”, disse à Defesa de Espinho Paulo Sérgio Costa, um dos elementos da claque Desnorteados. “Vendo as coisas de fora e como adepto do clube, tenho a impressão de que esta época é o culminar das duas últimas temporadas, em que o planeamento não foi tão rigoroso. O nível baixou imenso àquilo a que estávamos habituados”, afirmou aquele adepto.

“O SC Espinho sempre lutou para chegar aos play-offs de subida. Houve, portanto, sinais de que a fasquia não estava tão elevada”, prosseguiu Paulo Sérgio Costa dando nota de que “no início desta temporada era mais do que evidente a falta de qualidade do plantel”.

Paulo Sérgio Costa considera esta descida aos distritais “uma injustiça muito grande, sobretudo pela forma como este campeonato foi desenhado. Se fizermos o somatório dos pontos de todos os jogos da época, o SC Espinho até termina com mais pontos do que o Valadares Gaia que ficou em primeiro lugar nesta segunda fase”, explica o adepto tigre.

“Mesmo com estas injustiças entendo que há coisas que já deveriam ter mudado há muito tempo”, disse, ainda, acrescentando que “não é admissível desculpar-se uma descida de divisão, quando se deveria estar a lutar pelos primeiros lugares. E nesta época não estivemos perto disso!” (…)

“Arbitragens prejudicaram o clube ao longo desta época”

Carlos Canelas é um antigo jogador do SC Espinho que tem acompanhado a equipa. Reconhece que “o formato deste campeonato não favoreceu, em nada, o clube nem as equipas que estão melhor preparadas. O Espinho acabou por pagar esta fatura”, afirma Carlos Canelas que aponta o dedo “às arbitragens, sobretudo as da Associação de Futebol do Porto, que nos prejudicaram ao longo desta época”.

Carlos Canelas lamenta os incidentes no final do encontro com o Gondomar SC, mas diz que “são o reflexo de um descontentamento da massa associativa, o que é normal num clube que é despromovido e com a mística e o historial do nosso. Os adeptos manifestaram-se contra os jogadores que, quanto a mim, não têm culpa de não terem qualidade”, justifica aquele antigo atleta. “Porém, acho que o SC Espinho, com um bocado de sorte poderia ter ultrapassado esta situação constrangedora”, acrescenta, afastando a hipótese de falta de empenho dos jogadores. (…)

Reportagem completa na edição de 5 de maio de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.