Mafalda Morais está na segunda época ao serviço da AJM/FC Porto e é bicampeã nacional de voleibol feminino. A espinhense de 19 anos que agora veste a camisola do emblema azul e branco deu os primeiros passos na modalidade aos três anos, ao mesmo tempo que praticava trampolins. Passou pelo Sporting Clube de Espinho e diz ter as portas do coração sempre abertas para o clube ‘tigre’.

Como se iniciou na prática desportiva?

Comecei a minha prática desportiva por causa do meu pai, que, na altura, era treinador de voleibol. Arrastou-me um bocado para aquilo e eu nem gostava muito, mas comecei a ganhar o gosto.

O voleibol foi a única modalidade que a cativou?

Houve uma altura da minha vida em que tive de optar entre o voleibol e os trampolins, que praticava na Académica de Espinho. Acabei por optar pelo voleibol, porque comecei a ganhar algum medo dos trampolins. E acho que fiz a opção certa.

O que tinham os trampolins para despertar a sua atenção?

Eu gosto muito de desporto, gosto muito da prática da ginástica em si, todo o tipo de ginástica. Inclusivé, acho que me deu uma boa base em termos musculares e de elasticidade da qual tiro grandes benefícios agora no voleibol. Sinto-me muito mais livre a jogar precisamente por causa disso. O que realmente me cativou foi o facto de toda a gente na altura fazer ginástica e eu acabei por entrar também e adorei. Acho que era uma coisa que eu voltava a fazer agora.

Não se arrepende de ter optado pelo voleibol?

Houve alturas da minha vida, principalmente quando era mais nova, que me custava ter de deixar algo que eu também gostava muito por causa do voleibol. Mas o voleibol agora é a minha grande paixão, portanto não me arrependo nada.

Quando é que se apercebeu que o voleibol era mais sério do que inicialmente pensava?

Quando saí do SC Espinho e tive uma proposta para ir para uma Primeira Divisão no CD Aves foi quando percebi que o voleibol ia tornar-se muito sério. Foi há três épocas que recebi essa proposta e pensei “Agora é que vai ser” e comecei a dedicar-me mais. Fazia grandes viagens para estar lá e foi um grande esforço. Mas foi um esforço que valeu a pena, sem dúvida.

Teve o apoio da família durante esse esforço?

Tive, porque se não tivesse era impossível ter acontecido. Quer a nível psicológico, financeiro e tudo o resto. Tive toda a ajuda que podia ter.

Joga a líbero. Como é que descobriu que essa era a sua posição no jogo?

A minha vida desportiva não passou muito por líbero. Comecei por ser atacante, Zona 4, já cheguei a ser passadora também. Acabei por ser líbero, porque comecei a não ter altura suficiente para conseguir estar noutras posições. Na minha idade e no meu escalão podia ser Zona 4, mas não era isso que me iria trazer rentabilidade nas seniores. Nas Aves fazia atacante e líbero, mas quando vim para o FC Porto fiquei só a líbero e é isso que eu quero.

Como foi a sua caminhada pelos vários clubes?

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