Foto: Francisco Azevedo

Luís Montenegro é novo presidente nacional do PSD, superando a concorrência de Jorge Moreira da Silva nas eleições diretas realizadas no último sábado de maio, tendo alcançado mais votos do que Rui Rio em 2020. O líder da candidatura “Acreditar” frisou que o resultado das eleições para a presidência do PSD “é um sinal de grande mobilização e de responsabilidade para o PSD, mas também de vitória”.

“A partir de agora, o PSD vai ser a voz dos que trabalham e dos que deixaram de ter voz”, sublinhou o político espinhense confiante numa mudança de paradigma político e conjuntural. “Mas não apenas a voz da oposição, mas a voz da esperança, do futuro. E dos que apontam as falhas da governação, mas que também apontam alternativas”.

O novo presidente do Partido Social Democrata foi eleito com 19 mil votos (73%), enquanto Rui Rio registara 18852 no escrutínio de 2020. Luís Montenegro obteve mais votos do que Jorge Moreira da Silva em todas as distritais, incluindo Aveiro, Porto, Bragança, Braga, Setúbal, Guarda, Faro, assim como Lisboa, Açores e Madeira. Os militantes espinhenses conferiram-lhe 173 votos nominais (66% da totalidade dos votos), em desfavor dos 89 votantes afetos a Jorge Moreira da Silva. “Acreditem que eu estou aqui para ser primeiro-ministro, porque o projeto da social-democracia e o projeto do PSD é aquele que dá mais condições de vida às pessoas, mais bem-estar às pessoas, mais oportunidades e, sobretudo, mais justiça”. Foi sob o genérico “Acreditar” que Luís Montenegro avançou para a sucessão a Rui Rio, visando a coesão do partido, a par da mobilidade e novas estratégias e dinâmicas direcionadas para 2026, com o intuito de resgatar a governação ao PS. “O resultado de sábado honra o PSD e a democracia portuguesa”, registou na sua cidade de Espinho, festejando junto dos apoiantes da candidaturas e militantes no Hotel Solverde. E logo acusou o Governo de António Costa da marca de pobreza no país. “Não fomos nós, militantes, quem agora ganhou ou o PSD. Foi Portugal que ganhou a formação de uma alternativa política ao socialismo que nos tem governado e desgovernado nos últimos anos”.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 02 de junho de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.