Os utentes da Linha do Norte estão desagrados com sucessivos atrasos e supressões de comboios no decurso do mês de agosto e, portanto, em plena época balnear. As obras e as greves têm afetado o cumprimento rigoroso dos horários e, por acréscimo, os utilizadores do transporte ferroviário. Entretanto, decorrem obras de restauro na Estação de Espinho, com incidência no telhado.
“Ainda bem que nem sempre acontecem atrasos, porque vou de segunda a sexta-feira ao Porto para trabalhar e, nos últimos, tem sido uma consumição para mim”, diz Anabela Silva, de 38 anos, residente em Espinho. “Não há comboios por isto e por aquilo, ou quando há comboios só se vai devagar, devagarinho até Valadares, por causa das obras na linha”.
Em agosto regista-se normalmente uma quebra de passageiros em direção ao Porto, face aos períodos de férias de trabalhadores e estudantes. No entanto, o volume de passageiros aumenta significativamente no sentido inverso, dada a afluência à praia em Espinho e, inclusive, aquando da feira semanal.
“Esta segunda-feira já não foi tão complicada como na primeira feira de agosto”, constata Maria da Conceição Pereira, de 57 anos e oriunda de Gaia, que usa o transporte público para vir trabalhar em Espinho. “Quando os comboios se atrasam frequentemente prejudicam a vida das pessoas e principalmente de quem tem de cumprir horário de entrada no trabalho. Quanto à demora da viagem por causa das obras, já optei por vir mais cedo e, mesmo assim, venho sempre a olhar para o relógio ou para as horas no telemóvel”.
Artigo disponível, na íntegra, na edição de 25 de agosto de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.