O primeiro passo é saber qual o seu disponível mensal. Para tal, deve calcular o rendimento do agregado (soma dos rendimentos). Para o orçamento, só teremos em conta o fixo, uma vez que o variável tem como caraterística não ser garantido.
Considere apenas o vencimento líquido, que entra em conta após descontos. Com essas contas feitas, já sabe qual o valor mensal disponível. Agora vem a parte mais difícil: calcular as despesas. Comece pelas mais fáceis, as fixas, como: eletricidade, gás, água, seguros, uma estimativa de supermercado e por aí adiante. Todas aquelas que sabe ter a pagar todos os meses. Deve incluir, se for o caso, o ginásio, a escola particular dos filhos, etc.
Feitas as contas às fixas, seguem-se as variáveis, mais difíceis de gerir e controlar. Deve incluir todos os gastos diários, mesmo aqueles que considere insignificantes, como café, tabaco (se for o caso), cabeleireiro etc. Se não tem noção dos gastos diários, uma boa sugestão será usar o método Kakebo*, pelo menos durante dois a três meses.
Após estarem identificadas todas as despesas fixas e variáveis, pode criar um plano, fazendo ajustes, ou até mesmo cortes, naquilo que considera dispensável. Pode até ser uma ajuda a criar hábitos de vida mais saudáveis, como levar marmita para o trabalho, em vez de almoçar fora, por exemplo.
Se não soubermos onde gastamos, não podemos dizer ser impossível poupar. Faça as contas, o mais certo é ser surpreendido.
Definido o valor a gastar em despesas, também já é possível definir um valor mensal a poupar. Retirando esse valor do orçamento, por pequeno que seja, lembre-se que as “coisas grandes começaram por ser pequenas” e é natural que, com a mudança de hábitos, se vá sentindo cada vez mais motivado e as poupanças vão aumentando.
Esse valor mensal pode, mas não deve estar na conta à ordem. Será sempre uma tentação. Comece por aplicações de baixo risco, como, por exemplo, contas poupança e, depois, ao conhecer melhor os produtos e o seu perfil de investidor, pode ir aumentando.
No início requer algum esforço, mas, depois de feito, é fácil de manter e gerir e verá que com o tempo as suas poupanças crescerão. E terá mais tempo para o que importa! Lembre-se, todos os euros contam na hora de poupar!
Agora algumas dicas para poupança mensal:
- Analise os seus contratos mensais de luz, água, telecomunicações e confirme se estão ajustados ao seu perfil. Caso não estejam, renegocie ou faça novos.
- Tenha atenção aos prazos, pague por débito direto para evitar multas.
- Utilize programas de pontos para obter descontos, por exemplo, em gasolina.
- Distinga o essencial do acessório e invista no que realmente gosta e precisa.
- Defina um valor mensal a poupar e organize o orçamento sem ele.
- Aplique as suas poupanças.
A rubrica Cada €uro Conta é uma parceria entre o jornal Defesa de Espinho e a DSI Intermediários de Crédito. Conteúdo patrocinado.
*no nosso sítio da net, pode descarregar a folha de calculo para o orçamento mensal e também o Kakebo visite www.dsintermediarioscreditoespinho.com