Fotografia: DR

Está prestes a ser formalizada a concessão para o transporte público rodoviário em Espinho. A Auto Viação (AV) Feirense, vencedora do concurso, aguarda a convocatória da Área Metropolitana do Porto, mas vê com dificuldade o arranque do serviço no próximo verão.

Está previsto para este mês de novembro a assinatura dos primeiros três  contratos entre a Comissão Executiva da Área Metropolitana do Porto (AMP) e as empresas vencedoras do concurso para prestação dos serviços de transporte público rodoviário nos próximos sete anos. Entre os lotes que serão formalizados está o quarto, correspondente à zona Sul Poente – Vila Nova de Gaia e Espinho, cuja empresa vencedora foi a Auto Viação Feirense.

A empresa aguarda com expectativa a convocatória do organismo metropolitano, mas antecipa que, após a assinatura do contrato, este terá de ser visado pelo Tribunal de Contas e só seis meses depois se pode arrancar com o serviço. O calendário pode, assim, comprometer a aspiração da transportadora em arrancar com a operação no verão de 2023. “Já está apertado”, assume Gabriel Couto, em declarações à Defesa de Espinho, considerando que terá de haver “bom senso” caso essa meta não seja exequível. “Temos de escolher uma data para iniciar o novo serviço, que a ser no início do novo ano letivo é muito arriscado, pois é a fase mais crítica do ano e não se pode falhar. O ideal seria no fim deste ano letivo, em junho, no início do verão. Mas é importante que que seja bem feito. Se assim não for, talvez seja preferível retardar o início do novo serviço para o Natal de 2023”, esclarece o presidente do conselho de administração da empresa.

Para o responsável, “as questões burocráticas são importantes”, mas as entidades não podem “montar uma operação tão complexa em 15 dias” depois de estarem “três anos para assinar os papéis”. Gabriel Couto refere-se ao facto da conclusão do concurso público ter sido prevista para 2018 e a operação programada para 2019.

Seja no verão ou no inverno do próximo ano, a realidade é que o serviço de autocarros públicos em Espinho será muito diferente assim que arrancar a nova concessão. O responsável da transportadora destaca o aumento da frota e da frequência das viagens, como os aspetos mais importantes: “frequência é qualidade. Quando se tem uma viagem, para um lugar qualquer, uma vez por dia, é preciso esperar o dia todo para que o autocarro faça a viagem de volta. O aumento de frequências aumenta a disponibilidade e a qualidade de serviço”.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 10 de novembro de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.