Carlos Padrão e Humberto Cruz (título póstumo) distinguidos nos 108 anos do SC Espinho

Foto: Defesa de Espinho/DR

O tributo a personalidades, Carlos Padrão com o Prémio Joaquim Moreira da Costa Júnior e a Humberto Cruz, a título póstumo, com o Prémio Manuel de Oliveira Violas, foi o ponto mais alto da Assembleia Geral do SC Espinho que assinalou os 108 anos da coletividade e que se realizou hoje [11 de novembro] no auditório do Casino Espinho.

Na sua intervenção, o presidente da direção dos tigres, Bernardo Gomes de Almeida teceu os mais rasgados elogios aos dois principais homenageados (Carlos Padrão fez-se representar, por questões de saúde) e salientou as distinções entregues nas várias modalidades, nomeadamente aos campeões nacionais e regionais, não deixando de dar nota das dificuldades com que atravessam estas modalidades.

“As nossas modalidades debatem-se com dificuldades terríveis. O futebol, a natação, o atletismo – treinam por vezes com uma grande falta de meios. Estamos atentos a isso e sabemos o esforço que estes dirigentes e atletas fazem, todos os dias, no futebol, na natação, no atletismo, em várias modalidades, para poder proporcionar uma prática desportiva adequada”, referiu o presidente dos tigres.

Bernardo Gomes de Almeida considerou tratar-se de um feito os títulos alcançados. “Num concelho pequeno, com um campo de recrutamento limitado, e debatendo-se com problemas de instalações e condições de treino, o SC Espinho conseguiu formar homens e mulheres, atletas e campeões, em sete desportos individuais e colectivos”, evidenciou.

Sobre o futuro do clube centenário, o presidente considera que “o SC Espinho precisa de um renovado projecto desportivo e financeiro”. Como tal, a direção, segundo o presidente, tem “trabalhado arduamente nesse projecto, meses a fio, com o intuito de devolver o clube aos palcos que já pisou no desporto português. Será talvez o passo mais importante e decisivo da nossa gestão”, adiantou Bernardo Gomes de Almeida que prometeu dar a conhecer o projeto aos sócios para o aprovarem em assembleia geral apontando a vontade de regressar, o mais rapidamente, ao futebol profissional e a necessidade de construir um pavilhão próprio e a necessidade de o Município edificar uma nova piscina.

O presidente deu conta dos tempos difíceis e da falta de apoios. “Nestes tempos de grandes dificuldades contámos apenas com os nossos sócios e com mais uma ou duas entidades que nunca abandonaram o clube”, nomeadamente da “Câmara Municipal de Espinho e da Solverde, dois parceiros fundamentais da nossa caminhada”.

O presidente do SC Espinho não deixa de ser otimista. “Vamos dar a volta ao texto, continuo confiante, não é uma contrariedade que me tira do caminho”, destacou, prometendo que o SC Espinho “tem futuro, e vai ter futuro”.

“Sei muito bem o que quero para este clube. Estou motivado para os anos que aí vêm. Da nossa parte podem contar com a mesma paixão de sempre, a mesma raça vareira de sempre, a mesma vontade e a mesma dedicação”, concluiu.

No decorrer da cerimónia foram homenageados os sócios com 50 e 25 anos de filiação e vários atletas do clube.