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Dércio, jogador do Novasemente, é um dos líderes da equipa, que procura repetir a luta pela subida de divisão que travou o ano passado, desta vez com outro desfecho. O experiente jogador tem tido uma carreira peculiar, em que conseguiu conciliar o amor ao desporto com os compromissos familiares e laborais

Que analise faz ao rendimento que o Novasemente tem apresentado até ao momento?

Acredito que, na presente temporada, o nosso rendimento tem estado um pouco aquém das nossas expectativas. No ano transato ficamos apenas a dois pontos da subida de divisão, que era algo que desejávamos, e neste ano tentámos fazer uma remodelação no nosso plantel, com a intenção de podermos incorporar mais qualidade e, deste modo atingir o objetivo que nos escapou no ano passado. Neste momento (antes do jogo de sábado com o Sporting de Silvalde), ainda não estamos numa posição que nos dê acesso à zona de play-off de subida, mas estamos apenas a dois pontos, pelo que ainda nos é perfeitamente viável atingir esses lugares. No geral, estávamos à espera de mais rendimento da nossa parte.

E como avalia a sua época em específico?

Comparativamente à temporada anterior, a minha época também tem estado abaixo daquilo que eu esperava. O meu rendimento é algo que talvez se possa explicar com o rendimento da própria equipa, ou pode ser totalmente ao contrário: o facto de alguns jogadores estarem em sub-rendimento, afeta o rendimento geral do grupo. O meu caso acaba por se incluir nos jogadores não têm estado ao seu melhor nível, principalmente tendo em conta aquilo que eu consegui atingir na temporada passada. No entanto, é importante referir que o meu rendimento nessa temporada foi uma agradável surpresa, na medida em que estive quatro ou cinco anos afastado da prática do futsal, porque estava a trabalhar no estrangeiro, e quando recebi o convite do Novasemente para regressar ao futsal, já não perspetivava jogar mais a este nível. A verdade é que acabei por aceitar o convite e a época correu-me muito bem, fui o melhor marcador do campeonato, fiz bons jogos e estivemos muito perto dos objetivos. Portanto, a época não me está a correr tão bem como no ano passado, a nível individual e coletivo, mas é algo que faz parte do desporto.

Porque é que decidiu voltar a jogar?

Decidi voltar a jogar porque eu sempre pratiquei desporto a nível federado desde muito novo, e sinto que é algo que completa a minha vida, não sei viver sem ter competição, sem treinar ao domingo, dar o melhor e tentar ser melhor a cada dia.

Entrevista disponível, na íntegra, na edição de 26 de janeiro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.