PS defende "subversão total dos factos" (Fotografia: Bruno Caprichoso(DE)

Face à polémica que envolve a construção do Estádio Municipal e às declarações de Bernardo Gomes de Almeida, presidente do SC Espinho na última Assembleia Municipal, o Partido Socialista (PS) Espinho afirma lamentar a “postura irresponsável, o desrespeito institucional e a subversão total dos factos”, acreditando numa “indigna e miserável manobra de propaganda, intimidação e desresponsabilização orquestrada pelo presidente do SC de Espinho, naquilo que não passará, certamente, de uma tentativa infeliz, mas facilmente compreensível, de justificar e desviar a atenção dos seus comportamentos”.

Em comunicado, o PS Espinho esclarece que existiu “uma reunião de trabalho entre o executivo municipal e a direção do clube, que se fez acompanhar por representantes da Vilafranquense SAD e potenciais investidores no SC Espinho”, onde “num clima de total transparência e frontalidade”, a presidente da autarquia assumiu “terem surgido dúvidas e problemas administrativos e contratuais e confirmando ter sido encomendado um estudo e auditoria técnica e financeira à empreitada”. Segundo o comunicado, terá sido explicado ainda, durante a reunião, “a impossibilidade de garantir o cumprimento do prazo de 1 de setembro para a conclusão da empreitada”.

Afirmando que se mantém a “intenção inequívoca em continuar e terminar a obra do estádio”, os socialistas defendem que a Câmara Municipal não pode “condicionar a integridade e a sustentabilidade da autarquia em detrimento dos timmings e interesses de investidores privados e operações de constituição de sociedades anónimas desportivas”.

Apontando o dedo ao PSD e ao Bloco de Esquerda por “aproveitamento político”, o PS Espinho condena “o total repúdio pelo ataque político e pessoal que tem sido estrategicamente orquestrado, pelo clima de intimidação e ameaças que tem sido promovido e pelas tentativas de aproveitamento político que não respeitam aquilo que são os interesses de Espinho e dos espinhenses”.