Foto: Francisco Azevedo

A presidente da Câmara Municipal de Espinho, Maria Manuel Cruz, anunciou hoje, em conferência de imprensa, que a obra do estádio municipal poderá atingir entre os nove e os 13 milhões de euros.

A autarca espinhense, que referiu ter encomendado uma auditoria técnica e financeira ao Instituto da Construção da Faculdade de Engenharia do Porto, que consistirá “na avaliação dos procedimentos contratuais, do projeto e da execução da obra até à presente data, com o objetivo de identificar eventuais desconformidades e erros e as suas origens”, cujos resultados deverão ser entregues dentro de três meses e prometeu enviá-los para o Tribunal de Contas e para o Ministério Público.

Apesar disto, Maria Manuel Cruz garantiu que a obra do estádio prossegue e que o equipamento faz parte dos projetos municipais. Porém, só depois da auditoria e após a avaliação dos seus resultados, a autarca poderá dizer qual o prazo para a conclusão da obra e se será, ou não, necessário o procedimento para um novo concurso público.

Na conferência de imprensa, Maria Manuel Cruz descreveu todos os passos que foram dados desde 2007 até aos dias de hoje na questão o estádio Municipal.

A autarca apontou algumas irregularidades, nomeadamente a construção da bilheteira norte do estádio que, tal como está projetada, iria ser construídos sobre terrenos que não são propriedade da autarquia.

Outras dificuldades prendem-se, segundo a autarca, com a rede de águas pluviais e com várias infraestruturas em torno daquele equipamento e que não estão contempladas no projeto.

“Este é um investimento que está a ser assegurado, exclusivamente, pelo orçamento municipal, sem recurso a linhas ou programas de apoio ao financiamento”, evidenciou a autarca, acrescentando que perante os dados que dispõe neste momento, a obra “poderá, facilmente, atingir valores totais entre os nove e os 13 milhões de euros, quando foi publicamente anunciada por apenas 2,5 milhões de euros”.

Um investimento que, segundo a autarca, para a realidade da Câmara Municipal de Espinho, poderá representar “valores da ordem dos 30% do seu orçamento” e que poderá corresponder “a um custo de mais de 400 euros por cada cidadão espinhense”.