A utilização de produtos naturais acontece há vários séculos. Atualmente, há quem os prefira em substituição dos habituais medicamentos, mas há também quem os procure numa relação de equilíbrio entre aquilo que a medicina convencional e a natural podem oferecer.
Eduardo Marques, proprietário do espaço A Botica, aberto em Espinho desde 1985, explica que “não há uma faixa etária específica” de quem procura os produtos naturais, mas admite que a “maior parte é a partir dos 30 anos”, sobretudo por pessoas que procuram alternativas no que à saúde diz respeito ou simplesmente como forma de manter um estilo de vida mais saudável e equilibrado.
Segundo o ervanário, “existem várias pessoas que preferem os produtos naturais e procuram-nos por iniciativa própria, pois muitas delas nem sequer recorrem aos médicos. Se recuarmos no tempo, há cerca de 80 mil anos, as pessoas viviam em grupos e neles havia sempre um macho alfa que não admitia que mais nenhum entrasse naquele grupo. No entanto, existia um que conseguia, pois era alguém que sabia identificar as plantas e os seus efeitos curativos. A utilização das plantas medicinais já tem muita história”, esclarece Eduardo Marques. “Os índios, por exemplo, utilizam as plantas, não recorrem a medicamentos e não sofrem doenças. Isso quer dizer que as plantas podem ser usadas para fins curativos. Não estou a dizer que é exclusividade nossa curar todos os males, mas os produtos naturais têm o seu espaço e dão repostas que, muitas vezes, a própria medicina não dá, porque não as tem por uma série de razões”.
Artigo disponível, na íntegra, na edição de 23 de março de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€
