José Henrique Barros de Oliveira é sacerdote da Congregação dos Missionários do Coração de Maria e hoje pároco de Olival, a paróquia que assumiu aos 70 anos, depois de uma vida dedicada ao ensino e à universidade.
Na semana da Páscoa, o padre natural de Guetim, abriu-nos as portas do Seminário dos Carvalhos, onde está desde os 11 anos, desvendando um pouco o percurso e as memórias de infância com um olhar atento no presente.
Nasceu em Guetim. Que memórias tem da sua terra?
Tenho, sobretudo, memórias dos meus avós maternos, que eram de lá. Houve uma fase em que vivi na Idanha e, costumo dizer que quando queria comer melhor ia Guetim. Os amigos e a rapaziada eram praticamente todos guetinenses porque onde vivi, na Idanha, não tinha colegas. Era a terceira casa, logo depois de acabar Guetim. Por conseguinte, os colegas, a brincadeira e o correr à volta da Igreja era em Guetim. Vim para o seminário muito novo, com 11 anos, por isso, a minha juventude praticamente já foi passada no Seminário dos Carvalhos. De facto, só a infância é que foi passada entre Guetim e a Idanha.
Foi uma infância feliz?
Sim, quer na Idanha, quer em Guetim porque na fase em que vivi na Idanha, ia sempre aos fins de semana para Guetim. Gostava muito de ir para o quintal do meu avô, de apanhar a fruta e ele, às vezes, protestava. Também lá tinha a madrinha Bárbara, uma senhora que era empregada do meu avô, mas era minha madrinha.
A escola primária foi feita também em Guetim, mas depois iniciou o seu caminho no Seminário dos Carvalhos. Foi já no seminário que completou o liceu?
Sim. Fiz a escola em Guetim, embora não tenha sido no mesmo local onde hoje a escola se situa. Ainda hoje quando lá passo sinto sempre saudades. As meninas tinham aulas no andar de cima e nós, os rapazes, tínhamos na parte de baixo. Às vezes lá íamos atrás delas e apanhávamos raspanetes. Mas, sim, a parte do liceu já foi aqui no seminário.
Artigo disponível, na íntegra, na edição de 6 de abril de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€
