Lagoa de Paramos: Os Verdes defendem modelo de gestão intermunicipal para defender ecossistema

Foto: Defesa de Espinho

Miguel Martins, dirigente do Partido Ecologista Os Verdes (PEV) e Mariana Silva, deputada na Assembleia de República, estiveram no passado sábado na Lagoa de Paramos, numa visita que contou com elementos da Associação Amigos do Cáster (AAC), do biólogo Rui Brito e de ornitólogos, assinalando o Dia Mundial das Aves Migratórias.

A iniciativa visou “a sensibilização para a necessidade de proteção e conservação das aves migratórias e dos seus habitats e a consciencialização global para as ameaças que as aves enfrentam”.

Foto: Defesa de Espinho

Num briefing realizado à chegada foi sublinhada a necessidade de se preservar a lagoa e, em particular, o importante habitat para as espécies endémicas (flora e fauna) e para as aves migratórias. Um modelo de gestão integrada daquele ecossistema por parte dos dois municípios (Espinho e Ovar) seria, na opinião dos ecologistas uma forma de garantir a preservação do meio ambiente e das espécies migratórias, mais eficaz do que o modelo centralizado no Estado.

Frederico Lemos, presidente da AAC, defendeu “a urgência da fiscalização nas fontes de contaminação da Lagoa de Paramos/Barrinha, em especial dos focos de poluição de origem industrial que continuam a poluir a ribeira de Rio Maior e a Vala de Maceda, os dois principais afluentes” e a “necessidade de serem tomadas medidas de controlo dos fluxos de circulação de pessoas e velocípedes nas épocas de pico (por exemplo, aos domingos, no verão), de forma a conciliar a fruição humana do espaço natural com a preservação dos habitats”.

Por sua vez, Miguel Martins recordou que “ao longo dos anos, em particular na última década, o PEV tem acompanhado e intervindo na Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos, nomeadamente no Parlamento, com várias perguntas e iniciativas para assegurar a qualidade das águas que aí afluem”.