Filho de Espinho, César Moreira Baptista exerceu, em Lisboa, alguns dos mais altos cargos políticos ainda em regime do Estado Novo. De advogado e professor passou a Secretário de Estado e, em 1973, ano em que a sua terra natal passou de vila a cidade, tornou-se Ministro do Interior.
Apesar da distância física, Moreira Baptista nunca esqueceu a terra que o viu nascer. “Com orgulho” pertenceu ao governo que atribuiu tal distinção a Espinho, admitindo sempre querer estar presente “em tudo quanto represente o engrandecimento” de Espinho.
“Ondas de júbilo, numa praia mar de esfusiante satisfação e incontida alegria, espraiaram-se de lés a lés desta nossa querida terra, quando, dia 12 de junho, ribombou a notícia, tão ansiada, de que o Governo da Nação havia concedido a cidadania à Vila de Espinho, praia rainha da Costa Verde”.
A notícia, publicada na edição de 16 de junho de 1973 da Defesa de Espinho, oficializava o rumor que circulava há vários dias na então vila. Espinho era cidade e, embora muitos não o esperassem, celebrava-se o feito com grande entusiasmo e até alguma surpresa, pois era, assim, a segunda cidade do distrito, logo a seguir a Aveiro, a receber tal distinção.
Um galardão que, para muitos cidadãos, poderá ter surgido por algum apoio e força externa. Há precisamente 50 anos, num governo liderado por Marcelo Caetano, assumia a pasta da Informação e do Turismo o espinhense César Moreira Baptista.
Reportagem disponível, na íntegra, na edição de 15 de junho de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€