Aos 69 anos, Laura Macedo conta já com seis livros publicados e prepara-se para lançar outro brevemente, perspetivando, ao mesmo tempo, um romance para 2025. Venceu recentemente um concurso e não esconde que escrever faz parte da sua essência.
Quando começou a paixão pela escrita?
Quando estava na adolescência, o meu professor de português incentivava os jovens a escrever e uma vez, no final da aula, fui ter com ele e disse que escrevia um género de diário. Acabei por o levar para ele dar uma vista de olhos e passaram-se vários dias até mo devolver, até pensei que se tinha esquecido ou até perdido. No entanto, um dia no fim da aula chamou-me e incentivou-me a continuar. Aquilo ficou-me sempre na memória.
Foi aí o início…
Sim, mas escrever de forma mais séria foi em 1993, na época em que a minha mãe faleceu e comecei a escrever poesia. Até então era sempre descrição, por exemplo, tinha o hábito de descrever as minhas viagens ao pormenor. Além disso, como era enfermeira costumava escrever alguns poemas sobre os meus colegas. Sempre que eles se iam reformando, eu escrevia um poema, procurando as características deles e ir buscar a essência. Aquilo era um sucesso e sempre que havia jantares todos perguntavam pelos poemas da Laura.
Mas escrevia sobre outras coisas também?
Sim, a partir daí comecei a escrever vários e ia guardando. Um dia, um editor que é meu amigo, disse-me que tinha matéria suficiente para editar um livro. Respondi logo a dizer que não, mas foi daí que veio o primeiro impulso para continuar e acabou por surgir o meu primeiro livro, Espólio da Minha Alma.
Entrevista disponível, na íntegra, na edição de 04 de janeiro de 2024. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€