SC Silvalde acusa jogador do Ossela de agressão a Pedro Sousa na bancada da Nave Desportiva de Espinho. Desacatos e cenas de pugilato estenderam-se ao público. Árbitro deu o jogo de futsal por terminado a cerca de 10 minutos do fim.
Agressões e tumultos na bancada da Nave Desportiva Municipal de Espinho, no sábado, levaram a que a equipa de arbitragem do jogo da sétima jornada do Campeonato Distrital de Aveiro da 2.ª Divisão de futsal (fase do apuramento do campeão/subida à 1.ª Divisão), entre o SC Silvalde-Ossela B, fosse interrompido a 10 minutos do fim, quando o resultado estava em 3-3.
O incidente terá acontecido, exclusivamente na bancada. Dois jogadores, que haviam sido expulsos a escassos segundos do intervalo (Pedro Sousa, do SC Silvalde e Diogo Ferreira, do Ossela) e que se encontravam na bancada da Nave Desportiva, alegadamente ter-se-ão envolvido em verdadeiras cenas de pugilato. O jogador silvaldense acabou por receber tratamento hospitalar e foi apresentada queixa na Polícia de Segurança Pública de Espinho (PSP).
“Um dos nossos jogadores estava a receber assistência médica em campo e terá sido isso que terá perturbado alguns espectadores”, explica o presidente da direção do SC Silvalde, José Saxe. “Foi nessa altura, que começaram os desacatos na bancada entre dois jogadores que tinham sido expulsos. O nosso atleta, Pedro Sousa, que tinha visto o cartão vermelho na primeira parte do jogo, foi agredido pelo outro jogador do Ossela que também tinha sido expulso”, afirma o dirigente silvaldense.
“Tudo aconteceu numa altura em que estávamos por cima do jogo e, por isso, tínhamos todo o interesse em continuar a jogar. Não queríamos, de modo algum, queimar tempo, mas sim manter o ritmo de jogo”, dá nota José Saxe, acrescentando que “foi nessa altura que o jogador do Ossela agrediu o atleta, Pedro Sousa. A partir daí os espectadores perderam o controlo e também agrediram o nosso jogador”, salienta.
Com os desacatos na bancada e as cenas de pugilato, a equipa de arbitragem acabou por dar o jogo por terminado, “alegando falta de condições de segurança”.
José Saxe não concorda com esta decisão dos árbitros, uma vez que os tumultos eram nas bancadas e não dentro do recinto de jogo.
“Na minha opinião, os árbitros não tinham de dar por terminada a partida porque era algo que estava a acontecer na bancada e não foi dentro de campo”, afirma o presidente da direção do SC Silvalde, salientando que “as imagens que estão a circular nas redes sociais não mostram tudo”. “Não se consegue ver como tudo começou porque a filmagem foi feita através de um telemóvel, na bancada”, sustenta o dirigente dizendo que o seu clube dispõe de “um filme completo, através de uma câmara fixa, que mostra tudo o que aconteceu e que irá ser entregue às autoridades e à própria Associação de Futebol de Aveiro (AFA)”.
Artigo completo na edição de 20 de abril de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.