A Operação Influencer acabou por levar à demissão do atual primeiro-ministro. O espinhense Luís Montenegro, presidente do Partido Social Democrata (PSD), poderá ocupar o mais alto cargo do Governo se vencer as eleições legislativas antecipadas agendadas para 10 de março do próximo ano.
Na sequência da queda do Governo do Partido Socialista e do primeiro-ministro, António Costa, devido à Operação Influencer e da já anunciada marcação de eleições antecipadas para 10 de março de 2024 pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Montenegro perfila-se como o potencial candidato ao mais importante cargo do Governo.
O prazo dado por Marcelo Rebelo de Sousa para a realizações de eleições legislativas visa, sobretudo, a reorganização dos partidos políticos e a preparação para o ato eleitoral. Um tempo, que apesar de curto irá obrigar à realização de eleições internas em alguns partidos, nomeadamente no Partido Socialista (PS) onde se perfilam dois candidatos – José Luís Carneiro, atual ministro da Administração Interna e o deputado eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro, natural de S. João da Madeira, Pedro Nuno Santos, que já ocupou o cargo de ministro das Infraestruturas e que esteve em polémica com a TAP e a indemnização à ex-administradora, Alexandra Reis.
Luís Montenegro já veio a público dizer que um Governo liderado pelo PSD terá de “recolocar Portugal numa rota de crescimento”.
Em declarações, recentemente no Algarve, o social-democrata disse que “é muito bom para Portugal que o próximo Governo não esteja refém de extremismos” e que o seu partido terá de “assegurar que não vem aí uma ‘geringonça’ 2.0 face à original de 2015”.
Segundo Montenegro “o país precisa de um Governo novo, precisa de abrir um ciclo de desenvolvimento, um ciclo de esperança e de ambição” e que isso “dirige o país para um partido de alternativa que é o Partido Social Democrata, que este tem de estar à altura dessa responsabilidade”.
“É isso que vai prender a atenção do partido e o trabalho até ao último dia da campanha eleitoral” prometeu Luís Montenegro, acrescentando que pretende “a confiança maioritária do povo português, condições de governabilidade e estabilidade governativa”.
“Não precisam de se assustar com o PSD, porque é o partido da transformação positiva das suas vidas, um partido do inconformismo, da livre iniciativa, da regulação e da preocupação social”, afirmou Montenegro.
A posição do social-democrata vem crescendo com críticas ao atual Governo em exercício e afirma que “os portugueses já não têm respeito nem pelo Governo, nem pelo exercício de funções em concreto de alguns dos seus membros”.
Luís Montenegro veio a público na terça-feira dizer que só governa “se ganhar eleições” e rejeitou a coligação com Chega, aproveitando para “desafiar todos os outros partidos a respeitarem a vontade popular e a encontrarem instrumentos no parlamento que façam com que o Governo possa executar o seu programa, excluindo o Chega”.
“Eu venho para ganhar as eleições e para governar o país e já disse que só governo se ganhar as eleições”, afirmou Luís Montenegro.
Artigo completo na edição de 16 de novembro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.