O antigo espaço de estabelecimento noturno e de restauração Spinus vai ser demolido para dar lugar a um bloco de apartamentos.
A Defesa de Espinho aproveitou a ocasião para fazer uma retrospetiva aos tempos áureos do espaço e falar com quem viveu o espírito da Spinus na primeira pessoa.
Um edifício pintado de verde, com uns azulejos amarelos e florais que até hoje resistem, erguia-se na esquina da Rua 6 com a Rua 9. Ao caminhar para Norte, o verde desaparecia para dar lugar a um telhado dividido em sete triângulos brancos e uma parede com detalhes cor de laranja, que chamavam ainda mais a atenção de quem por lá passava. Nos letreiros lia-se “Spinus”.
O espaço noturno atraía pessoas de dentro e de fora do concelho e tornava a cidade de Espinho num local movimentado e de grande interesse para a vida noturna. É caso para dizer que todos os caminhos iam dar à Spinus.

E o caminho de dois espinhenses foi mesmo dar à Spinus, mas através do trabalho. Ana Costa e José Pedro Silva são dois dos inúmeros rostos que passaram pelo restaurante e espaço de diversão noturna e que, agora, recordam o ambiente e as vivências experienciadas.
Ana Costa foi empregada de mesa no restaurante, entre 1993 e 1997. Trabalhava em part-time aos fins de semana e durante as férias. Recorda perfeitamente os pratos mais pedidos e confessa: “ainda hoje os faço em casa”. O Bife Wellington, o Bife Pimenta, a Salada Spinus, a Salada Niçoise e as pizzas faziam as delícias dos clientes. “As pizzas eram cozinhadas em forno a lenha e as mais pedidas eram a Marguerita, a 4 estações e a Calzoni. De sobremesas a mousse de chocolate e a baba de camelo que eram caseiras, feitas lá no restaurante, qualquer um de nós as fazia”, relembra.
Notícia completa na edição de 17 de março de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€.