Foi agendado para 11 de fevereiro, em celebração da fundação em 1911, o próximo concerto online do Orfeão de Espinho, com a interpretação da peça “Minha Cidade Meu Céu” de Manuel Sancebas. “Uma produção captada e gravada a partir das novas plataformas digitais”, revela o maestro Samuel Santos. “Aproveitando os ensaios online, estamos neste momento a preparar um ambicioso programa sinfónico já perspetivando o concerto de Ano Novo 2021/2022”.
“O Orfeão de Espinho iniciou 2020 com chave de ouro”, realça o maestro Samuel Santos. “Com um majestoso concerto sinfónico de Ano Novo, acompanhado pela orquestra sinfónica, MSS Consort na Igreja Matriz de Espinho. O programa ambicioso com casa cheia, marcou de forma efetiva todos quantos naquela noite assistiram ao evento.
Honrámos o convite do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Espinho, para alegria de todos. Recordo particularmente o esforço por parte da incansável Dra. Ana Loureiro, para que a divulgação do concerto chegasse a toda a cidade apesar do clima adverso que se fazia sentir nesse dia. Foi a nossa última atuação em palco de forma presencial e um dos últimos grandes concertos desta cidade desde o início da pandemia.”
E superado o impacto inicial da pandemia, o Orfeão de Espinho retomou os ensaios do grupo coral. Uma motivação reforçada pelo sucesso do concerto de ano novo e com um background motivacional de ambiciosos projetos realizados já após os festejos do centenário, como a representação da cidade e de Portugal em festivais internacionais em Praga (República Checa), Paris (França), Veneza e Roma (Itália). E acrescida pelos concertos temáticos no Casino Espinho e a celebração do Advento com concertos de Natal em todas as paróquias durante anos seguidos.
“Mantendo ainda o importante compromisso da realização de encontros de coros, gravação de dois CD’s e a presença regular no apoio filantrópico às coletividades de solidariedade social espinhenses”, acrescenta o maestro Samuel Santos. “Com esta dinâmica não adivinhava-mos um ano de 2020 tão atípico.
A cultura sai deveras penalizada e a vida associativa vai desaparecendo em todo o país. Tenho conhecimento de várias associações que albergam estruturas corais como a nossa, que têm vindo a fechar portas, e muitas não infelizmente não reabrirão.
Levantar um projeto associativo desta envergadura iria requer um esforço humano e financeiro extraordinário, por isso não nos poderíamos dar ao luxo de parar de forma alguma. Mantivemos os ensaios presenciais até abril e perante o endurecimento das medidas aplicadas pelo estado de emergência como fecho de auditórios, horários mais restritos e evidência de um aumento do risco para os elementos do coral que se encontram numa faixa etária de risco, os ensaios passaram a ser online via Zoom.”