Natural de Espinho, Sérgio Almeida é jornalista do JN na área da cultura


O Prémio Internacional César Vallejo, que é atribuído anualmente pela Unión Hispanomundial de Escritores e, pela primeira vez, distinguiu jornalistas em Portugal, contemplando Sérgio Almeida, do Jornal Notícias e que encetou a carreira no jornal Defesa de Espinho. “É um orgulho ser premiado com um galardão cujo patrono é alguém, como César Vallejo, cuja poesia sempre foi um farol de vanguardismo e experimentação.”

“Os prémios são sempre bem–vindos, sobretudo quando são inesperados”, dá nota Sérgio Almeida. “É o caso deste, que conhecia apenas de nome, mas que agora é atribuído pela primeira vez a profissionais portugueses da área da cultura e jornalismo. Em tempos particularmente desafiantes como os nossos, precisamos de ousar ir mais além, para que não fiquemos tolhidos perante as adversidades do presente.”
A par da excelência de Sérgio Almeida na imprensa, André Rodrigues, da rádio, e Fátima Ferreira, da televisão. “É também gratificante constatar que estou na companhia de outros dois colegas de profissão, cujo trabalho conheço e acompanho há muitos anos.”
“Pessoalmente, trata-se de um estímulo”, considera o jornalista e também escritor e autor de um texto no último suplemento de Natal do jornal Defesa de Espinho. “Por muito empenho e gosto que coloquemos no nosso trabalho, é importante que nos cheguem os ecos deste trabalho.”

“Embora me considere acima de tudo jornalista e não apenas jornalista cultural, é recompensador ver que a minha ligação de 22 anos a esta área chamou a atenção”


“Embora me considere acima de tudo jornalista e não apenas jornalista cultural, é recompensador ver que a minha ligação ininterrupta de22 anos a esta área em concreto chamou a atenção dos responsáveis do prémio”, observa Sérgio Almeida. “O jornalismo cultural não terá a mesma visibilidade de outras especializações, mais imediatas, porventura, mas nem por isso a sua importância deve ser desvalorizada.”
Num país com hábitos culturais ainda pouco enraizados, a divulgação de atividades culturais assume particular preponderância, do ponto de vista de Sérgio Almeida. “Até porque existe uma óbvia relação entre o desenvolvimento de um país e a sua propensão para consumir cultura, seja, literatura, teatro, artes plásticas, música e não só. Cidadãos que leem são por norma cidadãos mais lúcidos e exigentes, capazes de transformar o Poder e torná-lo mais sensível aos anseios dos membros da respetiva comunidade.”