O músico de rua espinhense ficou conhecido do público pela participação no Ídolos

Pedro Resende foi um dos participantes que mais se destacou no programa “Ídolos” da SIC. “Sempre gostei de cantar, mas foi depois da televisão que comecei a pensar em fazer da música uma carreira”, revela aos 28 anos. “Existe já um CD editado, mas de ‘covers’, que estou a vender na rua, quando atuo, e pelo meu Instagram. E estou a trabalhar no meu primeiro projecto original, que vai começar com um ‘single’ ainda este ano. E, se as coisas não correrem muito mal, um ‘EP’ no início do próximo ano.”

O que é feito de Pedro Resende?
Continua a dar música a quem tem gosto e vontade de a ouvir. Tem sido um bocadinho mais difícil em tempos de pandemia, mas com a ajuda das redes sociais ainda se consegue continuar a trabalhar.

A pandemia afeta a atividade dos ditos famosos ou com mais ou menos nome nos palcos e nas editoras discográficas, mas agrava, sobretudo, a vida de um músico e/ou cantor sem “tempo de antena” na rádio ou na televisão?
Como seria de esperar, quando não há pessoas na rua, torna-se difícil a sobrevivência de um músico de rua. No entanto, as redes sociais são um bom método para não se parar, porque parar é morrer. Esta pandemia só veio acentuar a diferença entre artistas famosos e desconhecidos. Numa altura de crise e falta de trabalho, os meios de comunicação deviam prestar mais atenção a quem ainda não tem uma base de fãs suficientemente grande para se sustentar e não ao artista que quer fazer mais um milhão. Mas, infelizmente, isso não é só na música nem só na cultura.
E o Pedro Resende já foi “ídolo” na televisão…
Foi uma tentativa, até porque na altura entrei no primeiro pré-casting sem saber que sabia cantar… Fui lá ver o que é que eles achavam da minha voz, sem saber que a música ia ser a minha vida.


Como é que foi a experiência?
É sempre uma experiência engraçada, porque estão milhares de pessoas com o mesmo gosto de fazer música, independentemente do género ou estilo, no mesmo sítio e com o mesmo objetivo. Fiz amigos para a vida. E, apesar da pressão e de todas as partes negativas que vêm ligadas a uma competição em televisão nacional, é uma escola e uma óptima forma de divulgar o talento nacional.

Alguns episódios mais marcantes? E caricatos?
Pôr o Pedro Abrunhosa a dizer um palavrão em bom português nortenho foi a cena que teve mais piada. Existem algumas mais situações marcantes e até caricatos, mas tenho de guardar alguma coisa para quando escrever as minhas memórias.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 04 de março de 2021. Assine o jornal que lhe mostra que lhe mostra Espinho por dentro, a partir de 28,5€.