Segundo seis recentes moradores na cidade, Espinho é uma espécie de pequeno paraíso, onde o facto de poder circular a pé e ter acesso a todos os serviços é um sonho acessível a poucos. Por diferentes motivos, largaram o país de origem ou as cidades que viviam e instalaram-se em Espinho por tempo indeterminado. Sossego e qualidade de vida são as características mais apreciadas.

Espinho, cidade à beira-mar, conhecida pelas suas inúmeras atrações, tem estado nos objetivos e sonhos de muitos cidadãos. As praias atrativas, os campos de golfe, a pesca artesanal, esplanadas e tantas outras ofertas, têm vindo a conquistar e a fazer com que muitas pessoas tenham escolhido Espinho para viver.

Liliana Rodrigues tem 38 anos e vive em território espinhense há dois anos e meio. Cresceu, com os pais, em Valadares e por lá viveu muitos anos até que se mudou, mais tarde, para perto dos Carvalhos. Habituada a vir a Espinho, confessa que sempre gostou da cidade, embora nunca tivesse sido um objetivo morar por cá. No entanto, o destino mudou-lhe a rota. “Houve, na minha vida, um momento de transição, uma fase em que a vida deu algumas voltas e tive que perceber onde me iria fixar”, conta Liliana que, na época, trabalhava em Santa Maria de Lamas, mas o final do dia era passado em Espinho. “Comecei a fazer uns escapes no fim do trabalho e a visitar Espinho com frequência. Ou vinha até à esplanada, ou fazia um pouco de praia, e, para mim, foi um clique. Quando comecei a vir para cá não foi com o intuito de perceber se era para aqui que eu vinha morar, não era esse o objetivo, mas depois comecei a fixar-me regulamente. Ou seja, vinha muitas vezes para Espinho e de repente percebi que era aqui que eu tinha que procurar casa.”

Para Liliana Rodrigues viver em Espinho fazia sentido e, por isso, começou a procura por um novo local de habitação. “Não tinha ideia onde é que iria ser. Queria que fosse perto da praia e do mar, mas não tinha que ser propriamente primeira linha. Queria era que fosse em Espinho porque depois de sair do trabalho, gostava de vir para cá e custava-me pegar no carro para ir embora, já que no dia a seguir vinha novamente. Tomei a decisão no verão de 2017 e disse que até ao final do ano, tinha que arranjar casa e foi quando reservei uma que ainda estava em construção. Vim para a cidade em 2018”, recorda Liliana Rodrigues, atualmente a viver na zona da fosforeira. Quase três anos depois da mudança, Liliana garante que não há motivos para arrependimento.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 13 de maio de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro, a partir de 30€.