“O Trail, devido às suas particularidades, difere em muito da corrida em pista ou em estrada. A sua componente técnica leva os atletas a percorrerem trilhos com um elevado grau de exigência física e até psicológica. “Tratam-se de caminhos em zonas montanhosas, com grandes declives e com subidas acentuadas, pisos e terrenos irregulares e acidentados”, explica o ultramaratonista e praticante desta modalidade, Nuno Miguel.

Este membro do Núcleo de Montanha de Espinho (NME) conta à Defesa de Espinho que as provas de Trail Running são realizadas em “sítios praticamente inacessíveis, em simbiose com a montanha”, tónico importante para ganhar forças e “superar a dor”. Nuno Miguel refere que “um corredor de grandes distâncias vivencia, durante um percurso, mudanças de comportamento. É como se ‘morresse’ e ‘renascesse’ várias vezes, lutando por vezes no limite de todas as suas capacidades e reservas. Por essa razão, é muito importante saber fazer uma boa leitura do corpo para poder hidratar-se e alimentar-se nos momentos certos, de forma a evitar cãibras ou ficar sem reservas de energia, levando a que o corpo não consiga produzir calor e o atleta entre em hipotermia, algo bastante comum neste tipo de provas”, alerta.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 27 de maio de 2021. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro, a partir de 30 €.