O muro que impedia a passagem de alguns veículos foi derrubado, no final de junho do ano passado. Esteve a condicionar a Travessa da Aldeia Nova, durante longos anos, mas acabou por cair, por acordo entre o Município e a proprietária do terreno. Mas o arruamento continua sem obras e, principalmente, sem saneamento e a água da rede de abastecimento público não chega às habitações. Existem ali cerca de uma dúzia de casas e deverão lá morar quase meia centena de pessoas. As casas estão por legalizar, embora os proprietários manifestem a vontade de o fazer, mas faltam as infraestruturas-base para que o processo possa seguir.
São casas que estão ali há décadas, cujos proprietários querem, ansiosamente, a sua legalização. No entanto, a água de abastecimento público não chega às portas, falta o saneamento e o arruamento mantêm-se tal como foi deixado no verão do ano passado. Um pequeno pedaço de muro continua a ser um obstáculo à passagem de uma viatura um pouco mais larga. Apenas os automóveis ligeiros conseguem avançar.
“Vi isto tudo a começar e já estou aqui há mais de 50 anos”, conta o morador, António Sousa, que seguia, a pé, pela Travessa da Aldeia Nova para visitar a sua filha. “Não há saneamento nem água da companhia e disseram que isso seria obrigatório para todas as casas, independentemente de serem, ou não, clandestinas”, explicou, reconhecendo, contudo que “o presidente da Câmara que entrou ainda não teve tempo para atuar. Porém, enquanto candidato, esteve aqui e viu como estava esta situação”, acrescentou.
António Sousa reconhece que o facto de ter sido derrubado o muro que impedia a passagem de viaturas “foi uma grande coisa, mas falta arranjar o piso. Mas, até compreendo que não o façam antes de dotar esta zona com infraestruturas de água e de saneamento”, observou aquele antense.
Reportagem completa na edição de 17 de fevereiro de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€.
