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O espinhense que mais posições conquistou no ranking ATP (Associação de Tenistas Profissionais) chegou ao 186º lugar. Foi número um a nível nacional e representou Portugal por mais de duas dezenas de vezes na Taça Davis, onde enfrentou alguns dos melhores tenistas.

Iniciou a prática da modalidade por influência do pai e agora dedica-se a treinar as gerações futuras do ténis em Portugal. Conheça Leonardo Tavares.

Como começou a prática desportiva na sua vida?

Comecei a praticar desporto desde muito jovem. Quando andava na escola, até na pré-primária, sempre tive por hábito fazer muito desporto, desde jogar à bola, correr com os meus amigos. Sempre fui muito ativo e nunca estava parado em casa.

O facto de o seu pai praticar ténis também foi uma influência?

Obviamente que ajudou bastante o meu pai jogar ténis e ser presidente do Clube de Ténis de Espinho. Fazia com que eu estivesse mais envolvido na modalidade. Apesar de não jogar muito em criança, ia vendo e estava em contacto com o desporto.

Teve outras paixões desportivas para além do ténis?

Sempre gostei de futebol, gosto muito de jogar. Eu fazia de tudo um pouco. Fiz competição de motocross, adoro motas. Também de ginástica, trampolins. Sempre gostei de todo o tipo de desporto. Tive alguma facilidade na prática desportiva, mesmo na escola nas aulas de Educação Física. Fosse basquetebol ou voleibol, sempre tive alguma facilidade em aprender.

O que o cativou no ténis?

O que me cativou no ténis foi uma sensação que só experienciando se percebe, que é a sensação de bater numa bola e o feeling de estarmos a jogar contra alguém e ao mesmo tempo estarmos a fazer desporto, e ao ar livre. Viajar nos torneios também era algo de que gostava bastante.

Quem eram os seus ídolos na modalidade?

Não comecei a ter ídolos muito jovem. Mais para a frente, quando comecei a encarar o ténis como o desporto de eleição, ou seja, querer fazer carreira disso, os meus ídolos eram o Federer e gostava muito do Patrick Rafter. No ténis nacional sempre foi o Nuno Marques, sem qualquer sombra de dúvida.

Como foi o seu percurso?

Comecei a jogar com sete anos, contra a parede na Associação Académica de Espinho, que era onde o meu pai jogava, e também no parque, onde agora é a Biblioteca Municipal. Entretanto o meu pai inscreveu-me em Miramar, no Sport Club Alberto Sousa, que foi onde comecei a jogar com o Paulo Girão e o Luís Miguel Nascimento. Foi aí que comecei a ter aulas de ténis, comecei a jogar e dar mais ênfase ao ténis. Depois fui para o Centro de Alto Rendimento na Maia trabalhar com o Paulo Girão e com o João Maia. Quase com 20 anos fui para o Clube de Ténis do Porto, onde estava a treinar o Nuno Marques e fique a ser treinado por ele até aos 26. No ano seguinte fui para Lisboa, foi um investimento que fiz e trabalhei com o João Cunha e Silva. Depois acabei por ter vários problemas de lesões e voltei para o Porto, onde terminei a carreira a trabalhar com o João Peralta. Ainda continuo hoje em dia a trabalhar com ele, mas numa parte de condição física.

Quando é que percebeu que o ténis poderia ser algo mais sério e que poderia fazer parte do seu futuro a nível profissional?

Entrevista disponível, na íntegra, na edição de 28 de abril de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 30€