No passado dia 30 de abril, os Leões Bairristas voltaram a erguer o troféu de campeão após um jejum de seis anos. A festa foi grande, mas não prolongada, porque a época ainda está em curso e tanto o presidente como o treinador alertam para os objetivos que ainda restam para uma equipa que “entra sempre para ganhar”.
“Já nasci e cresci Leões”, afirmou, orgulhoso, Leandro Santos. Técnico da equipa há dois anos, conseguiu chegar ao ponto mais alto da ainda curta carreira no passado dia 30 de abril. “Desde pequeno que sonhava ser campeão pelo clube do meu bairro com os meus amigos de infância e isso aconteceu. Por isso, foi o dia mais feliz da minha vida!”, garantiu Leandro Santos.
“O Bairro não estava habituado a ficar sem festa tanto tempo”, explicou o jovem treinador. Por isso, apesar de todos os títulos serem importantes, “este teve um sabor especial”. “Nós voltámos a pôr o Bairro em festa!”.
Mas quais as razões para este jejum de seis anos? Moisés Lima, presidente dos Leões Bairristas, não atribuiu culpas a nada, nem a ninguém. Sabe que “a pandemia veio dificultar um pouco as coisas”, mas acredita que o grande fator foi o aparecimento do Grupo Desportivo A Ronda. “A Ronda apareceu bem e temos de dar valor à concorrência”, assumiu. “Um clube que apareceu em alta e ganhou dois anos seguidos o campeonato, porque se debateu ombro-a-ombro com os Leões”, acrescentou.
Depois do sucesso no futebol popular, o GD Ronda arriscou e tentou a sua sorte nos campeonatos distritais. Quando confrontado com a questão de uma eventual possibilidade de também os Leões Bairristas subirem àquele patamar, o presidente responde prontamente: “nós fomos sempre muito assediados para participar nos distritais, mas nunca quisemos”. “Isto é o futebol popular. Vive-se da carolice”, explicou Moisés Lima. “Não temos bons patrocinadores como tem o GD Ronda e a ida para os distritais acarreta despesas muito além daquelas que o orçamento dos Leões tem possibilidade de suportar”, acrescentou.
Apesar de o clube querer continuar no popular, participou na Taça de Aveiro. “Entrámos nessa competição nem que fosse só para mostrar que os Leões Bairristas também têm capacidade de disputar essa prova”, explicou o presidente. “Passámos quatro eliminatórias e deixámos uma boa imagem na competição”.
Artigo disponível, na íntegra, na edição de 12 de maio de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.
