Foi a 20 de maio que Érica Sousa inaugurou o espaço Doce Maroto, na Galeria Sabinus, na Rua 8, junto à alameda, cuja requalificação projeta uma nova centralidade urbana em Espinho, mas a doçaria fica virada para a entrada pela Rua 15, a poucos passos do supermercado. O aroma agradavelmente intenso é atrativo, praticamente irresistível e em formatos pura e simplesmente correspondentes às designações de “pirilaus” e “xarocas”.
“Doce é doce e é maroto porque o que faço são efetivamente doces marotinhos”, diz, com respeitável, mas sonora gargalhada, Érica Sousa, nascida há 34 anos em Castelo de Paiva e residente em Santa Maria da Feira. “Os doces marotos têm formatos originais e daí serem conhecidos por ‘pirilaus’ e ‘xarocas’. A loja teve uma boa recetividade logo na abertura e um mês e tal depois pode-se dizer que há bons sinais de sucesso”.
A loja é frequentada por clientes de várias idades, desde os mais novos a pessoas de idade avançada. “E todos acham muita piada”.
Érica Sousa estava desempregada quando decidiu traçar o seu futuro, assumindo o empreendedorismo e o desafio da doçaria. “Fui gestora de clínica dentária, mas tinha de assumir um novo rumo profissional e preferencialmente enquadrado no seio familiar. “Há na família negócio de restauração e daí também ter surgido a ideia de tentar a sorte num negócio. Optei então pelos doces. De facto, a doçaria sempre me atraiu. Com o desemprego entendi que teria de fazer alguma coisa no presente e pelo meu futuro”.
Érica Sousa equacionara diversas soluções ao longo de meses para superar o desemprego e alicerçar a autossustentabilidade, sem descurar a realização social e profissional. “Pensei naquilo que seria melhor para mim e que talvez desse melhor resultado. Avaliei demoradamente, mas conscientemente, a opção por um negócio de doçaria e apostei. Este tipo de negócio surgiu em Espanha, onde teve e tem muito sucesso e, por isso, decidi apostar em Portugal. Soube disto através da Internet e, entretanto, já estavam a surgir aqui dois exemplos: um no Porto e outro em Lisboa. Eu preferi avançar com o negócio em Espinho”.
Artigo disponível, na íntegra, na edição de 30 de junho de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.