A área compreendida entre as ruas 15, 19 e 28, com a Avenida 24, estão a ser equipadas com parquímetros da ESSE, concessionária do estacionamento em Espinho. Os automobilistas terão, assim, um novo espaço onde será cobrado o estacionamento. O Município de Espinho mandou retirar os parquímetros dos terrenos de domínio público da REFER entre as ruas 11 e 19 com a Avenida 24. No entanto, a polémica estalou com troca de acusações entre o presidente da Câmara e o maior partido da oposição.
Numa publicação nas redes sociais, o presidente da Câmara Municipal, Miguel Reis dá nota de algumas alterações implementadas no espaço de estacionamento da concessão e que levaram a uma reação, através de um comunicado, por parte do PSD de Espinho.
Nesta publicação de 28 de julho, o autarca diz que o Município de Espinho notificou a ESSE, na semana anterior, “para a remoção dos parquímetros na Avenida 24 com as ruas 11, 15 e 19 por estarem indevidamente localizados em domínio público ferroviário”, acrescentando que a Câmara Municipal, por outro lado, teve “conhecimento que a ESSE deu início à instalação de novos parquímetros nas ruas 11 e 15 com a 26 e 28, não necessitando, infelizmente, de autorização para o efeito uma vez que o acordo celebrado em 2019 pelo anterior executivo municipal permite que a ESSE possa explorar até 1000 lugares pagos dentro da área concessionada, tendo ainda, nessa altura, sido prolongado o período de vigência do contrato até 2034”.
Entretanto, a Comissão Política do PSD de Espinho, no dia seguinte à publicação do autarca, reagiu através de um comunicado, resumindo o processo da concessão da exploração de estacionamento em Espinho, de “forma factual”, lembrando que “a renegociação feita em 2019” foi “amplamente discutida e aprovada tanto na Câmara como na Assembleia Municipal”.
Segundo o PSD de Espinho, “em 2008, com os votos contra do PSD, o executivo do Partido Socialista na Câmara Municipal de Espinho assinou o contrato com a concessionária que previa a exploração de 1800 lugares” e que “a área concessionada era toda a pagar. Desde a rua 7 à rua 33 e da rua 8 à rua 28”.
Os social-democratas recordam que “a Câmara recebia de contrapartidas financeiras 500 euros por ano”, que “a concessionária tinha direito total de exclusividade de exploração” e que o tarifário definido era de “0,80 euros por hora”, “com aumentos automáticos por inflação o tarifário hoje estaria nos 1,10 euros”.
Notícia completa na edição de 4 de agosto de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.