Greve de professores afetou aulas no Agrupamento Dr. Manuel Gomes de Almeida

Professores do Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Gomes de Almeida fizeram uma marcha que terminou em frente à Câmara Municipal (foto: Defesa de Espinho/DR)

Largas dezenas de professoras, do Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Gomes de Almeida aderiram esta manhã à greve nacional de professores, paralisando, em grande parte, as aulas na escola sede e na Escola de Espinho 2.

Um grupo de professores concentrou-se, logo pela manhã, à porta da Escola Dr. Manuel Gomes de Almeida, seguindo, depois, a pé, até à Escola Espinho 2 e terminando a marcha em frente à Câmara Municipal.

Em questão, nesta luta dos professores, estão temas como a contabilização do tempo de serviço e a possibilidade de reforma depois de 36 anos de serviço, as propostas de modelo de concurso de colocação de docentes e a criação de conselhos locais de diretores, que decidiriam sobre a alocação às escolas dos docentes integrados em cada mapa interconcelhio.

Segundo Paulo Pedro, dirigente sindical, esta greve visa “defender, acima de tudo, a escola pública e não apenas os interesses dos professores”. Escola pública que “está a sofrer com as medidas que estão a ser preparadas pelo Ministério da Educação, nomeadamente no que respeita ao recrutamento de professores”.

Paulo Pedro lembra que “o Partido Socialista, que está no Governo, quer que passemos para alçada dos municípios. Com isto, o regime de concursos será alterado e a seriação das pessoas não será pela graduação profissional”, evidencia.

A greve que marcou o dia no Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Gomes de Almeida irá prolongar-se por tempo indeterminado e esta terça-feira, segundo aquele dirigente sindical, contou com a adesão de cerca de 80% dos docentes.

No Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira, segundo a Defesa de Espinho apurou, a greve de professores não teve grande impacto no desenrolar da atividade letiva, devido à fraca adesão.

A greve irá prolongar-se com os docentes que aderirem a não lecionarem ao primeiro tempo ou ao último tempo. Uma medida que, segundo a Defesa de Espinho sabe, tem causado algum descontentamento junto dos pais e encarregados de educação, sobretudo nas escolas do ensino básico e junto das crianças mais novas.